domingo, 12 de dezembro de 2010

ATOS DOS APÓSTOLOS


ATOS DOS APÓSTOLOS - BREVE INTRODUÇÃO ÀS AULAS DE ESCOLA DOMINICAL DA REVISTA CPAD PRIMEIRO TRIMESTRE 2011


Deprimentes. Deve ter sido assim que os apóstolos se sentiram depois de ver Jesus ascendendo aos céus. A vida não poderia ser melhor do que aquilo que eles experimentaram durante o tempo que passaram com Jesus. Mas então aconteceu o extraordinário. Eles descobriram que a história não terminou com a ascenção de Jesus – pelo contrário, começou com ela, e Atos dos Apóstolos nos conta como os seguidores de Jesus fizeram o que Ele mandou que fizessem em Sua Grande Comissão. “ 'Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas' ” - Marcos 16.15 (NVI).
A aventura dos cristãos do primeiro século também é a jornada da Igreja da atualidade. Como poderá ser verificado, o término abrupto do livro Atos dos Apóstolos sugere que os dons e as manifestações espirituais, como promessa do Senhor ressurreto, acompanharão a Igreja pelos séculos.
Ao leitor da Bíblia Sagrada, a leitura de Atos dos Apóstolos, tem significado importantíssimo. Tudo se encaixa em seus devidos lugares. O livro nos serve de transição entre a vida de Cristo e a nova Igreja. Apresenta ainda Paulo e explica como foi que uma religião minoritária cruzou o mar e chegou a Roma, capital do Imperio. A melhor maneira de avaliar Atos é imaginar uma Bíblia em que este livro não figurasse. Você acaba de ler a vida de Jesus, e logo após passa a ler Romanos: “Paulo, servo de Cristo Jesus (…) a todos os que em Roma são amados de Deus e chamados para serem santos” (Romanos 1.1,7 - NVI). Roma? Como foi que a mensagem se expandiu de Jerusalém para lá? Depois você encontra outras cartas, escritas por Paulo, e perguntaria: quem é esse homem? É óbvio quem sem o livro de Atos o Novo Testamento salta, sem aviso prévio, de uma história ordenada acerca de um homem – Jesus Cristo – para um conjunto de cartas pessoais, carentes de explicações.
O livro histórico de Atos dos Apóstolos nos permite acesso ao melhor e mais eloquente registro sobre a expansão de Igreja de Jesus Cristo e da religião cristã, desde o dia da descida do Espírito Santo, no dia de Pentecoste (o quinquagésimo dia após o sábado da semana da Páscoa, portanto, o primeiro dia da semana, um domingo – Levítico 23.15-16).
O Espírito Santo protagoniza o papel de condutor essencial do caminho missionário da Igreja. Sob sua ação, a Igreja se desenvolveu no passado e caminha poderosa nos dia atuais, testemunhando acerca de Jesus.
Atos dos Apóstolos fragmenta-se em três principais momentos:
1º – o derramentento do Espírito Santo;
2º – a vida comunitária da Igreja Primitiva em Jerusalém;
3º – a expansão da Igreja entre os gentios.
O esboço do livro:
1º – a difusão do cristianismo irradiando de Jerusalém como centro e tendo como principais propugnadores os discipulos liderados por Pedro e João, capítulos 1 ao 12.
2º - expansão do cristianismo irradiando de Antioquia e tendo como principal propugnador o apóstolo Paulo, tendo como companheiros Barnabé, Silas, Timóteo e Lucas. Conferir: capáitulos 13.1-21; e 15.
3º – expansão do cristianismo tendo como figura principal Paulo nas suas prisões. Atos 21.16 e 28.31.
E.A.G.

sábado, 11 de dezembro de 2010

DIA DA BIBLIA :A COMOVENTE HISTORIA DE MARY JONES

A admirável determinação de uma menina galesa em conseguir um exemplar da Bíblia inspirou a fundação da primeira Sociedade Bíblica.
Conta-se que as Sociedades Bíblicas, entidades dedicadas à produção e distribuição do Livro Sagrado, em atividades no mundo todo, tiveram sua origem na bela história de uma menina.
O lema das Sociedades Bíblicas - levar a bíblia a todos os povos, em uma língua que possam entender e a um preço que possam pagar - teria sido inspirado na humildade, determinação e coragem de Mary Jones, que viveu no Pais de Gales (Grã-Bretanha), durante o século XVIII.
Em 1792, aos oito anos de idade, Mary Jones começou a acalentar um sonho: ter a sua própria Bíblia. Ela queria poder ler, em sua casa, aquelas histórias tão bonitas que costumava ouvir na igreja. Esse desejo, no entanto, parecia impossível de ser realizado.
Mary, que morava em uma pequena vila chamada Alan, ainda não sabia ler - e, infelizmente, não havia escolas nas redondezas. Além disso, naquele tempo, as Bíblias - assim como os demais livros - eram muito raras e caras. Só poucos privilegiados podiam ter um exemplar das Escrituras Sagradas. E este não era o caso da menina, cuja família era muito pobre.
Mesmo assim, Mary Jones fez uma promessa a si mesma: um dia, ela teria a sua própria Bíblia.
O Primeiro Passo
Ao completar 10 anos, a menina viu surgir uma oportunidade de aprender a ler. Seu pai foi vender tecidos numa vila próxima, chamada Aber, e soube que ali seria aberta uma escola primária.
Tempos depois, quando a escola começou a funcionar, Mary foi uma das primeiras crianças a se matricular. Muito motivada, ela logo se tornou uma das primeiras alunas de sua classe. Em pouco tempo, aprendeu a ler.

Enquanto isso, a menina continuava firme em seu propósito de conseguir a sua Bíblia. Agora que já sabia ler, a grande dificuldade era conseguir a quantia necessária para comprá-la.
Para isso, fazia pequenos trabalhos, com os quais ganhava alguns trocados. Pegava lenha na mata para pessoas idosas e cuidava de crianças. Depois, com a intenção de ganhar um pouco mais, a menina comprou algumas galinhas e passou a vender ovos.
Passado o primeiro ano de economias, Mary abriu o cofre para conferir quanto havia guardado. Mas chegou a uma triste conclusão: havia conseguido economizar apenas uma pequena parte do que precisava para comprar a sua Bíblia.
Durante o segundo ano em que estava juntando dinheiro, Mary aprendeu a costurar. Com isso, conseguiu guardar um valor maior - embora não o suficiente, ainda para concretizar o seu sonho.
Então, no correr do terceiro ano, Mary teve de enfrentar uma acontecimento imprevisto - seu pai, ficou doente e deixou de trabalhar. Por isso, ele teve que dar tudo o que havia economizado durante aquele ano para sua família.
E, desta vez, Mary não pode colocar nada no cofre. Mas continuou trabalhando e, no final do quarto ano, conseguiu completar a quantia de que precisava para comprar a Bíblia.
Nessa época, Mary tinha 15 anos de idade. Ela já podia, então, comprar a sua tão sonhada Bíblia. Mas onde iria encontrá-la? O pastor de sua igreja lhe informou que não era possível comprar Bíblias em Alan, nem nas vilas vizinhas. Ela só conseguiria encontrar um exemplar na cidade de Bala, que ficava a 40 quilômetros dali.
Naquela cidade, morava o Rev. Thomas Charles, que costumava ter em sua casa alguns exemplares das Escrituras Sagradas, para vendê-los as pessoas da região.
Com esta informação, Mary foi para casa e pediu a seus pais que a deixassem ir a cidade de Bala.
No inicio, eles não queriam que ela fosse sozinha. Mas a mocinha insistiu tanto, que os pais acabaram concordando. A longa viagem de Mary Jones foi feita a pé.
Pensando em poupar seus sapatos da dura caminhada, a fim de poder usá-los na cidade, ela resolveu ir descalça. Depois de caminhar o dia todo, por fim, no inicio da noite, Mary chegou à casa do Rev. Thomas Charles.
Ali, no entanto, mais uma dificuldade a esperava: o Rev. Thomas havia vendido todas as suas Bíblias. Ele ainda tinha alguns poucos exemplares, mas esses já estavam todos encomendados.
Ao receber essa noticia, Mary começou a chorar. Em seguida, mais calma, ela contou toda sua longa história ao Rev. Thomas Charles.
Então o pastor, comovido, dirigiu-se até um armário, retirou de lá uma das Bíblias vendidas e entregou-a à Mary. Impressionado com a história daquela menina, o Rev. Thomas resolveu contar o que tinha ouvido aos diretores da Sociedade de Folhetos Religiosos, uma entidade cristã local.
Profundamente tocados com a luta de Mary Jones para conseguir seu exemplar da Bíblia, os diretores daquela organização chegaram à conclusão de que experiências como a dela não deveriam mais se repetir. Decidiram, então, fazer alguma coisa para tornar a Palavra de Deus acessível a todos.
E, depois de muito estudo e oração, resolveram organizar uma nova sociedade, com a finalidade de traduzir, imprimir e distribuir a Bíblia. Foi assim que, no dia 7 de dezembro de 1802, foi fundada a primeira sociedade Bíblica, que recebeu o nome de Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira.


Fonte: SBB

terça-feira, 16 de novembro de 2010

PARABENS MACKENZIE

POSIÇAO DO MACKENZIE COM RELAÇÃO A HOMOFOBIA

A Universidade Presbiteriana Mackenzie, uma das maiores instituições particulares de ensino em São Paulo, causou a revolta de membros da comunidade gay por causa de um artigo assinado pelo seu chanceler e reverendo Dr. Augustus Nicodemus Gomes Lopes.
O texto, publicado no site do Mackenzie nesta terça (16) e retirado logo depois, diante da polêmica no Twitter, se mostra contra a aprovação da lei "anti-homofobia" - ou seja, pleiteia o direito de continuar se posicionando contra o homossexualismo.
Gomes Lopes diz que a comunidade presbiteriana respeita "todas as pessoas", mas que também defende o direito de poder criticar estilos de vida que estejam em desacordo com as ideias da igreja.
A assessoria de imprensa do Mackenzie não soube explicar o motivo de o texto ter sido retirado do site poucas horas depois de publicado, limitando-se a dizer, em nota: "O Mackenzie se posiciona contra qualquer tipo de violência e descriminação (sic) feitas ao ser humano, como também se posiciona contra qualquer tentativa de se tolher a liberdade de consciência e de expressão garantidas pela Constituição."
Intitulado "Manifesto Presbiteriano sobre a Lei da Homofobia", o texto assinado pelo reverendo Gomes Lopes se propõe a "servir de orientação à comunidade acadêmica." Ele se baseia no Salmo 1, que, "juntamente com outras passagens da Bíblia, mostra que a ética da tradição judaico-cristã distingue entre comportamentos aceitáveis e não aceitáveis para o cristão."
Leia abaixo a carta na íntegra, que foi retirada do site do Mackenzie pouco depois de sua publicação:
"Manifesto Presbiteriano sobre a Lei da Homofobia
Leitura: Salmo 1, juntamente com outras passagens da Bíblia, mostra que a ética da tradição judaico-cristã distingue entre comportamentos aceitáveis e não aceitáveis para o cristão. A nossa cultura está mais e mais permeada pelo relativismo moral e cada vez mais distante de referenciais que mostram o certo e o errado. Todavia, os cristãos se guiam pelos referenciais morais da Bíblia e não pelas mudanças de valores que ocorrem em todas as culturas.
Uma das questões que tem chamado a atenção do povo brasileiro é o projeto de lei em tramitação na Câmara que pretende tornar crime manifestações contrárias à homossexualidade. A Igreja Presbiteriana do Brasil, a Associada Vitalícia do Mackenzie, pronunciou-se recentemente sobre esse assunto. O pronunciamento afirma por um lado o respeito devido a todas as pessoas, independentemente de suas escolhas sexuais; por outro, afirma o direito da livre expressão, garantido pela Constituição, direito esse que será tolhido caso a chamada lei da homofobia seja aprovada.
A Universidade Presbiteriana Mackenzie, sendo de natureza confessional, cristã e reformada, guia-se em sua ética pelos valores presbiterianos. O manifesto presbiteriano sobre a homofobia, reproduzido abaixo, serve de orientação à comunidade acadêmica, quanto ao que pensa a Associada Vitalícia sobre esse assunto:
"Quanto à chamada LEI DA HOMOFOBIA, que parte do princípio que toda manifestação contrária ao homossexualismo é homofóbica, e que caracteriza como crime todas essas manifestações, a Igreja Presbiteriana do Brasil repudia a caracterização da expressão do ensino bíblico sobre o homossexualismo como sendo homofobia, ao mesmo tempo em que repudia qualquer forma de violência contra o ser humano criado à imagem de Deus, o que inclui homossexuais e quaisquer outros cidadãos.
Visto que: (1) a promulgação da nossa Carta Magna em 1988 já previa direitos e garantias individuais para todos os cidadãos brasileiros; (2) as medidas legais que surgiram visando beneficiar homossexuais, como o reconhecimento da sua união estável, a adoção por homossexuais, o direito patrimonial e a previsão de benefícios por parte do INSS foram tomadas buscando resolver casos concretos sem, contudo, observar o interesse público, o bem comum e a legislação pátria vigente; (3) a liberdade religiosa assegura a todo cidadão brasileiro a exposição de sua fé sem a interferência do Estado, sendo a este vedada a interferência nas formas de culto, na subvenção de quaisquer cultos e ainda na própria opção pela inexistência de fé e culto; (4) a liberdade de expressão, como direito individual e coletivo, corrobora com a mãe das liberdades, a liberdade de consciência, mantendo o Estado eqüidistante das manifestações cúlticas em todas as culturas e expressões religiosas do nosso País; (5) as Escrituras Sagradas, sobre as quais a Igreja Presbiteriana do Brasil firma suas crenças e práticas, ensinam que Deus criou a humanidade com uma diferenciação sexual (homem e mulher) e com propósitos heterossexuais específicos que envolvem o casamento, a unidade sexual e a procriação; e que Jesus Cristo ratificou esse entendimento ao dizer, "desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher" (Marcos 10.6); e que os apóstolos de Cristo entendiam que a prática homossexual era pecaminosa e contrária aos planos originais de Deus (Romanos 1.24-27; 1Coríntios 6:9-11).
A Igreja Presbiteriana do Brasil MANIFESTA-SE contra a aprovação da chamada lei da homofobia, por entender que ensinar e pregar contra a prática do homossexualismo não é homofobia, por entender que uma lei dessa natureza maximiza direitos a um determinado grupo de cidadãos, ao mesmo tempo em que minimiza, atrofia e falece direitos e princípios já determinados principalmente pela Carta Magna e pela Declaração Universal de Direitos Humanos; e por entender que tal lei interfere diretamente na liberdade e na missão das igrejas de todas orientações de falarem, pregarem e ensinarem sobre a conduta e o comportamento ético de todos, inclusive dos homossexuais.
Portanto, a Igreja Presbiteriana do Brasil reafirma seu direito de expressar-se, em público e em privado, sobre todo e qualquer comportamento humano, no cumprimento de sua missão de anunciar o Evangelho, conclamando a todos ao arrependimento e à fé em Jesus Cristo".
Rev. Dr. Augustus Nicodemus Gomes LopesChanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie"

domingo, 24 de outubro de 2010

PEQUENOS GRUPOS


Uma das grandes ‘conquistas’ da igreja evangélica contemporânea vem se transformando em um grande problema para muitos cristãos. Nos últimos anos, é cada vez mais comum a construção de templos capazes de receber 4, 5 ou 6 mil pessoas. Isso acontece porque, via de regra, o rol de membros da maioria das denominações não pára de crescer. Parece contraditório fazer essa afirmação. Afinal de contas, ganhar almas para Cristo é a missão de todo crente. No entanto, não há como negar que congregar em igrejas que possuem milhares de membros traz dificuldades evidentes para a comunhão.Para muitos, a solução para essa dificuldade é o que se convencionou chamar de células, ou pequenos grupos, ou, até mesmo, núcleos familiares. Para eles, através de reuniões menores, é possível um resgate dos primeiros tempos do cristianismo, visando uma maior comunhão, edificação e crescimento. Uma lembrança que dá força a essa corrente reside no fato de que o próprio Jesus prometeu a seus servos que estaria presente quando dois ou três deles se reunissem em Seu nome.Os estudiosos lembram que a reunião de cristãos para a prática da oração e da meditação na Palavra remonta aos primeiros anos subsequentes à ascensão de Cristo. Naquele tempo – não podemos esquecer - não existiam grandes igrejas como as de hoje. Além disso, a perseguição aos discípulos de Jesus era intensa. Em função disso, as reuniões eram clandestinas e a fé cristã, absolutamente proscrita e socialmente censurável. Apesar desse panorama pouco estimulante, estavam presentes na igreja do primeiro século doses gigantescas de unidade, devoção e crescimento. De modo geral, os pequenos grupos possuem dois objetivos: comunhão entre membros e proclamação do Evangelho. É ali, num espaço mais intimista, que os recém-convertidos são melhor discipulados e, por isso, acabam transformando-se em lideranças. Como compartilhar, sorrir, chorar, acalentar, fortalecer, ser fortalecido, aconselhar ou ser aconselhado quando estamos no meio de uma multidão? Como ouvir e ser ouvido se já nem conhecemos mais as pessoas ao nosso redor? O pastor Roberto Lay, coordenador do movimento e líder da Igreja Evangélica Irmãos Menonitas, de Curitiba, explica que numa igreja de eventos e programas (liturgia convencional), um número reduzido de pessoas trabalha para preparar alguma coisa para os demais membros que agem como meros consumidores. “Diversamente, as células devolvem a cada crente o privilégio de ser um ministro, realidade que ajuda no desenvolvimento de seu próprio sacerdócio”, aponta.Questionado sobre o papel das igrejas de hoje em comparação à Igreja Primitiva, Lay defende com convicção a aplicação do modelo celular para a edificação pessoal: “a igreja de Atos, na verdade, aprendeu com Jesus Cristo a ser uma comunidade de relacionamentos, e não de eventos. Era uma igreja bem recebida e estimada pelo povo por sua influência positiva na sociedade”, assinala. Jorge Henrique Barro, diretor da Faculdade Teológica sul-americana, acredita que o caráter missionário das células não pode ser negligenciado. Ele explica que a célula tem uma ênfase missiológica, e não eclesiológica. “Isso porque sua razão de existir não é a Igreja, mas o imperativo da pregação do Evangelho”, sentencia.Muitos irmãos, desiludidos com os percalços da igreja-instituição, têm levantado a bandeira desse novo movimento que, perigosa e tacitamente, vem se formando: o já famoso ‘cristianismo sem igreja’, também conhecido como a ‘doutrina dos desigrejados’. Para eles e para aqueles que decidiram permanecer na ‘velha arca’, não me canso de reafirmar a minha defesa incondicional da igreja como a reunião dos santos, como a noiva do Senhor, como o maravilhoso ajuntamento daqueles que, agradecidos pelo sangue derramado na cruz do calvário, decidiram resistir. “Sê fiel até à morte e dar-te-ei a coroa da vida” (Ap. 2:10). Repetindo o que já disse várias vezes, prossigo não acreditando na possibilidade de que alguém 'permaneça crente' sem o calor da camunhão e o enriquecimento do compartilhar. Isso não quer dizer, entretanto, que a igreja não deva buscar um retorno aos valores defendidos pelos cristãos do primeiro século. Muitas denominações, inclusive, já possuem a experiência das reuniões nos lares e dos pequenos grupos. Talvez, o caminho seja o auto-reconhecimento de que, em virtude do gigantismo que caracteriza muitas igrejas, em que pese a progressiva inanição espiritual, esse instrumento esteja precisando ser fortalecido e visto como uma bela saída para muitos de seus problemas.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O CORAÇÃO ABRASADO DE JOHN WESLEY

Em sua viagem de retorno, John Wesley, agora Com 35 anos de idade, expressa sua frustração: “fui a América evangelizar os índios, mas quem me converterá?”. Durante uma tempestade, na travessia do Oceano Atlântico, Wesley ficou profundamente impressionado com um grupo de morávios (grupo de cristãos pietistas que buscavam a conversão pessoal mediante o Espírito Santo) a bordo do navio. A fé que tinham diante do risco da morte (o medo de morrer acompanhava Wesley constantemente durante a sua juventude) predispôs Wesley à fé evangélica dos morávios. Tal retorno a Inglaterra se deu no ano de 1738. John Wesley volta dos Estados Unidos desiludido com o trabalho realizado na Virgínia. Encontra-se, então, com Pedro Böhler, em Londres,então pastor moraviano da Morávia, Alemanha), e com ele John Wesley se convence de que a fé é uma experiência total da vida humana.
Procurou, então, libertar-se da r e l i g i ã o formalista e fria para viver, na prática, os
ensinos de Jesus.No dia 24 de maio de 1738, numa pequena reunião na rua Aldersgate, numa 4ª feira, em Londres, ouvindo a leitura de um antigo comentário escrito por Martinho Lutero, pai da Reforma Protestante, sobre a carta aos Romanos, John sente seu coração se aquecer (entende-se que Wesley experimentava o “batismo no Espírito Santo”). Experimenta grande confiança em Cristo e recebe a segurança de que Deus havia perdo a d o seus pecados. Tal experiência espiritual extraordinária é a s s i m narrada em seu diário:
“Cerca das nove m e n o s um quarto, enquanto ouvia a descrição que Lutero fazia sobre a mudança que Deus opera no coração através da fé em Cristo, senti que meu coração ardia de maneira estranha. Senti que, em verdade, eu confiava somente em Cristo para a salvação e que uma certeza me foi dada de que Ele havia tirado meus pecados, em verdade meus, e que me havia salvo da lei do pecado e da morte. Comecei a orar com todo meu poder por aqueles que, de uma maneira especial, me haviam perseguido
e insultado. Então testifiquei diante de todos os presentes o que, pela primeira
vez, sentia em meu coração”. Nos 50 anos seguintes, Wesley pregou em média de
três sermões por dia; a maior parte ao ar livre.
Um dos biógrafos de Wesley o descreveu como um homem “sempre ofegante, correndo
sem parar atrás das almas perdidas”. No túmulo de Adam Clarke, um dos primeiros
estudiosos metodistas e um discípulo de Wesley, estão inscritas estas palavras: “Vivendo para os outros, fui totalmente consumido”.
Uma vez, um colega pastor perguntou a John Wesley, mensageiro do coração ardente,
o que devia fazer para aumentar sua igreja. Ele respondeu: “Se o pregador estiver em
chamas, todo o mundo virá para vê-lo queimar”.
Que Deus aqueça nosso coração e nos livre de uma espiritualidade estéril, morta e desinteressante

domingo, 19 de setembro de 2010

O TRIPLICE PROPOSITO DA PROFECIA (12º LIÇÃO)

INTRODUÇAO


Na lição de hoje o assunto é acerca do tríplice propósito da profecia, baseado no texto de 2 Coríntios 14.3. No versículo 4, o apóstolo Paulo explica que o dom de línguas edifica somente o emissor, ou seja, é estritamente individual. Enquanto o dom de profecia tem o caráter coletivo e busca o crescimento do Corpo de CRISTO integralmente. Apesar de as línguas estranhas serem legítimas, jamais devem ser proibidas (v.39), o apóstolo incentiva a prioridade na busca pelo dom de profecia, visando à edificação de todo o corpo.

Os capítulos 12 e 14 de 1 Coríntios tratam de dons espirituais e ministeriais.

Dom – Charisma ( Dom, graça, favor )


Dons Espirituais - Recursos do E.S. dados aos crentes visando seu aperfeiçoamento, ampliar seu conhecimento e poder para realizar a obra de Deus (Atos 1.8)

Dons Ministeriais Capacitação divina para o exercício do ministério. Visando a edificação do corpo, a igreja. Temos 3 listas (Rm 12.7,8 , 1 Co 12.28 e Ef 4.11 )- I Tm 4.14, 2 Tm 1.6

Ambos são para a edificação do corpo, que e a igreja (Individual e coletiva)

Profecia.
A profecia é um dos dons verbais colocados à disposição dos santos com o propósito de exortar, edificar e consolar a igreja. Ela é concedida ao crente pelo ESPÍRITO SANTO, de forma direta e imediata, a fim de trazer à luz a verdade divina . 1Co 14.1 Segui o amor, e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar.

1Co 14.5 E eu quero que todos vós faleis em línguas, mas muito mais que profetizeis; porque o que profetiza é maior do que o que fala em línguas, a não ser que também interprete para que a igreja receba edificação.

Há dois pontos que devem ser considerados:

A) O crente que profetiza tem de saber e deve estar consciente de sua responsabilidade de entregar somente o que DEUS lhe autorizou. É necessário que o servo de DEUS esteja totalmente sob o controle do ESPÍRITO de DEUS.
Nem todo que profetiza é profeta (1Co 14:31) e (Ef 4:11) Profeta é ministério dado por CRISTO, profecia é manifestação do ESPÍRITO SANTO.

B) O crente que profetiza tem de saber que toda a profecia deve ser julgada, provada (1 Co 14.29; 1 Ts 5.19-21). Toda verdade concedida pelo ESPÍRITO SANTO é coerente e não se contradiz. Sendo assim, qualquer profecia, para ser aceita, deve ser submetida ao padrão estabelecido pela Profecia Escrita, a Palavra de DEUS (Gl 1.8; 1 Jo 2.20,27; 4.1-3).
Pode vir de 3 fontes: DEUS, homem e satanás. Devem ser julgadas (1 Ts 5:21,22) e controladas para haver ordem no culto; um depois do outro .

Temos 2 tipos de profecias : A escrita(Esta na bíblia, e infalível e não passível de julgamento e a de Inspiração(verbal, audível) essas devem ser julgadas, não são infalíveis.

I - OS DONS ESPIRITUAIS

1 – A SITUAÇÃO EM CORINTO
A situação não era novidade, visto o apostolo ter dito ;” nenhum dom vos falta.”(1 Co 1.7). Era algo normal na igreja a manifestação dos dons(esta deveria ser também a nossa realidade). O problema era o abuso e o mal uso dos dons (Muitos abusam e se acham mais espirituais e fora de julgamento) . O profeta deve ter discernimento para entregar sua mensagem. Deve respeitar a pregação da palavra.
Paulo trouxe um ensino muito importante sobre o assunto, esclarecendo as manifestações sobrenaturais do Espírito Santo. Ele concientiza a igreja que todos os que receberam dons espirituais podem e devem administrá-los com sabedoria, prudência e humildade.
2- O CONCEITO
Os nos vem de Deus e não devem ser usados para promoção ou ostentação, como vinha ocorrendo em Corinto. ( 12.7).
3 – A LISTA DOS DONS E UMA ILUSTRAÇÃO
9 DONS
O apostolo ilustra o uso dos dons na igreja, comparando a sua boa e ordeira utilização ao bom funcionamento do corpo humano. Cada membro desempenha uma função, os membros são interdependentes.
II – A IMPORTANCIA DO AMOR
No capítulo 13 da sua I Epístola aos Coríntios. Paulo faz um parêntese na discussão a respeito dos dons espirituais a fim de tratar sobre o amor cristão e coloca esse como um caminho mais excelente. A intenção do apóstolo é mostrar aos crentes de Corinto, que supervalorizavam os dons espirituais, a importância de equilibrar o uso dos dons com a frutificação espiritual demonstrada em amor. A melhor linguagem do céu ou da terra, sem amor, é apenas barulho (v. 1), por isso, quem tem um dom espiritual, não pode se arvorar como se fosse melhor do que os outros e isso, com certeza, estava acontecendo na igreja daquela cidade. Por ser paciente, o amor tem uma capacidade inerente para suportar, ao invés de querer afirmar-se, o amor busca, prioritariamente, dar-se (v. 4). O amor não imputa o mal ao outro, sequer o leva em conta, não abriga ressentimentos pelas ofensas (v. 5). Alegra-se com a verdade, na verdade do evangelho (Jo. 5.56), que está em Jesus (v. 6).Tudo suporta, não fraqueja, não se deixa vencer em todas as dificuldades (v. 7). Os dons espirituais acabarão, no fim, quando Deus tiver cumprido o Seu plano (v. 9,10), mas o amor. A fé é importante, bem como a esperança, mas nada supera o amor (v. 13).
Primeiro o amor depois os dons. Primeiro o fruto depois o trabalho. O fruto e do homem para Deus e o dom e de Deus para o homem.

3 – A PERENIDADE DO AMOR
O amor e mais importante que os dons espirituais, pois ele nos acompanhara até mesmo no céus, ao passo que os dons são temporais, eles cessarão.( 13,8,10,13).
III- O DOM DA PROFECIA

FUNÇÕES DA PROFECIA COMO DOM DO ESPÍRITO SANTO

Edificação. Confirma nossa expectativa de estar trabalhando para o SENHOR. Nos estimula a continuar fazendo a obra do SENHOR.
At cap. 27.24 dizendo: Não temas, Paulo, importa que compareças perante César, e eis que Deus te deu todos os que navegam contigo.
Exortação. Há uma diferença fundamental entre exortar e ensinar. O ensino tem por objetivo transmitir o conhecimento, lidar com o intelecto, a mente. A exortação toca no coração e atinge a consciência e a vontade de quem está sendo exortado, de modo que a sua fé é estimulada. O crente passa a ter um maior compromisso com o Reino de DEUS. Na exortação, as verdades ensinadas são aplicadas imediatamente à vida cristã. Quem tem o dom de exortar não é necessariamente um mestre, embora possa sê-lo (At 11.23).
A EXORTAÇÃO MEXE COM A DORMÊNCIA DO CRENTE, DESPERTA-O PARA UMA NOVA REALIDADE E DÁ-LHE UMA INJEÇÃO DE ÂNIMO.
A EXORTAÇÃO NUNCA VISA REBAIXAR OU DIMINUIR O CRENTE, MAS SEMPRE TEM EM VISTA ESTIMULÁ-LO AO CRESCIMENTO E FORTALECIMENTO, TORNANDO-O APTO PARA A OBRA DE DEUS.
Ef 5·14 Pelo que diz: Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará.
Consolação. Conforta aquele que está abatido devido às perseguições que a pregação do evangelho tráz. Evita a depressão naquele que está sendo perseguido e às vêzes até torturado pelo amor à Palavra de DEUS.
Lc 22.43 Então lhe apareceu um anjo do céu, que o confortava.

CONCLUSÃO

O problema na utilização dos dons, vem desde os dias dos apóstolos.
A solução não esta em restringir ou abandonar os dons, mas em ter prudência para usa-los.
Que vivamos nos domínios do Espírito, mas que tudo seja feito “ com decência e ordem” ( 1 Co 14.39,40)

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

PENSE NISSO ...

"Aquele que busca conhecimento, com o propósito de se exibir para as pessoas, torna-se sinônimo de vaidade. Aquele que busca conhecimento, com o intuito de ensinar outras pessoas, torna-se sinônimo de amor. Mas aquele que busca conhecimento, visando aplicar o conhecimento adquirido em sua própria vida, torna-se sinônimo de sabedoria." (Richard Baxter, pastor e autor do livro 'O Pastor Aprovado')