domingo, 12 de dezembro de 2010

ATOS DOS APÓSTOLOS


ATOS DOS APÓSTOLOS - BREVE INTRODUÇÃO ÀS AULAS DE ESCOLA DOMINICAL DA REVISTA CPAD PRIMEIRO TRIMESTRE 2011


Deprimentes. Deve ter sido assim que os apóstolos se sentiram depois de ver Jesus ascendendo aos céus. A vida não poderia ser melhor do que aquilo que eles experimentaram durante o tempo que passaram com Jesus. Mas então aconteceu o extraordinário. Eles descobriram que a história não terminou com a ascenção de Jesus – pelo contrário, começou com ela, e Atos dos Apóstolos nos conta como os seguidores de Jesus fizeram o que Ele mandou que fizessem em Sua Grande Comissão. “ 'Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas' ” - Marcos 16.15 (NVI).
A aventura dos cristãos do primeiro século também é a jornada da Igreja da atualidade. Como poderá ser verificado, o término abrupto do livro Atos dos Apóstolos sugere que os dons e as manifestações espirituais, como promessa do Senhor ressurreto, acompanharão a Igreja pelos séculos.
Ao leitor da Bíblia Sagrada, a leitura de Atos dos Apóstolos, tem significado importantíssimo. Tudo se encaixa em seus devidos lugares. O livro nos serve de transição entre a vida de Cristo e a nova Igreja. Apresenta ainda Paulo e explica como foi que uma religião minoritária cruzou o mar e chegou a Roma, capital do Imperio. A melhor maneira de avaliar Atos é imaginar uma Bíblia em que este livro não figurasse. Você acaba de ler a vida de Jesus, e logo após passa a ler Romanos: “Paulo, servo de Cristo Jesus (…) a todos os que em Roma são amados de Deus e chamados para serem santos” (Romanos 1.1,7 - NVI). Roma? Como foi que a mensagem se expandiu de Jerusalém para lá? Depois você encontra outras cartas, escritas por Paulo, e perguntaria: quem é esse homem? É óbvio quem sem o livro de Atos o Novo Testamento salta, sem aviso prévio, de uma história ordenada acerca de um homem – Jesus Cristo – para um conjunto de cartas pessoais, carentes de explicações.
O livro histórico de Atos dos Apóstolos nos permite acesso ao melhor e mais eloquente registro sobre a expansão de Igreja de Jesus Cristo e da religião cristã, desde o dia da descida do Espírito Santo, no dia de Pentecoste (o quinquagésimo dia após o sábado da semana da Páscoa, portanto, o primeiro dia da semana, um domingo – Levítico 23.15-16).
O Espírito Santo protagoniza o papel de condutor essencial do caminho missionário da Igreja. Sob sua ação, a Igreja se desenvolveu no passado e caminha poderosa nos dia atuais, testemunhando acerca de Jesus.
Atos dos Apóstolos fragmenta-se em três principais momentos:
1º – o derramentento do Espírito Santo;
2º – a vida comunitária da Igreja Primitiva em Jerusalém;
3º – a expansão da Igreja entre os gentios.
O esboço do livro:
1º – a difusão do cristianismo irradiando de Jerusalém como centro e tendo como principais propugnadores os discipulos liderados por Pedro e João, capítulos 1 ao 12.
2º - expansão do cristianismo irradiando de Antioquia e tendo como principal propugnador o apóstolo Paulo, tendo como companheiros Barnabé, Silas, Timóteo e Lucas. Conferir: capáitulos 13.1-21; e 15.
3º – expansão do cristianismo tendo como figura principal Paulo nas suas prisões. Atos 21.16 e 28.31.
E.A.G.

sábado, 11 de dezembro de 2010

DIA DA BIBLIA :A COMOVENTE HISTORIA DE MARY JONES

A admirável determinação de uma menina galesa em conseguir um exemplar da Bíblia inspirou a fundação da primeira Sociedade Bíblica.
Conta-se que as Sociedades Bíblicas, entidades dedicadas à produção e distribuição do Livro Sagrado, em atividades no mundo todo, tiveram sua origem na bela história de uma menina.
O lema das Sociedades Bíblicas - levar a bíblia a todos os povos, em uma língua que possam entender e a um preço que possam pagar - teria sido inspirado na humildade, determinação e coragem de Mary Jones, que viveu no Pais de Gales (Grã-Bretanha), durante o século XVIII.
Em 1792, aos oito anos de idade, Mary Jones começou a acalentar um sonho: ter a sua própria Bíblia. Ela queria poder ler, em sua casa, aquelas histórias tão bonitas que costumava ouvir na igreja. Esse desejo, no entanto, parecia impossível de ser realizado.
Mary, que morava em uma pequena vila chamada Alan, ainda não sabia ler - e, infelizmente, não havia escolas nas redondezas. Além disso, naquele tempo, as Bíblias - assim como os demais livros - eram muito raras e caras. Só poucos privilegiados podiam ter um exemplar das Escrituras Sagradas. E este não era o caso da menina, cuja família era muito pobre.
Mesmo assim, Mary Jones fez uma promessa a si mesma: um dia, ela teria a sua própria Bíblia.
O Primeiro Passo
Ao completar 10 anos, a menina viu surgir uma oportunidade de aprender a ler. Seu pai foi vender tecidos numa vila próxima, chamada Aber, e soube que ali seria aberta uma escola primária.
Tempos depois, quando a escola começou a funcionar, Mary foi uma das primeiras crianças a se matricular. Muito motivada, ela logo se tornou uma das primeiras alunas de sua classe. Em pouco tempo, aprendeu a ler.

Enquanto isso, a menina continuava firme em seu propósito de conseguir a sua Bíblia. Agora que já sabia ler, a grande dificuldade era conseguir a quantia necessária para comprá-la.
Para isso, fazia pequenos trabalhos, com os quais ganhava alguns trocados. Pegava lenha na mata para pessoas idosas e cuidava de crianças. Depois, com a intenção de ganhar um pouco mais, a menina comprou algumas galinhas e passou a vender ovos.
Passado o primeiro ano de economias, Mary abriu o cofre para conferir quanto havia guardado. Mas chegou a uma triste conclusão: havia conseguido economizar apenas uma pequena parte do que precisava para comprar a sua Bíblia.
Durante o segundo ano em que estava juntando dinheiro, Mary aprendeu a costurar. Com isso, conseguiu guardar um valor maior - embora não o suficiente, ainda para concretizar o seu sonho.
Então, no correr do terceiro ano, Mary teve de enfrentar uma acontecimento imprevisto - seu pai, ficou doente e deixou de trabalhar. Por isso, ele teve que dar tudo o que havia economizado durante aquele ano para sua família.
E, desta vez, Mary não pode colocar nada no cofre. Mas continuou trabalhando e, no final do quarto ano, conseguiu completar a quantia de que precisava para comprar a Bíblia.
Nessa época, Mary tinha 15 anos de idade. Ela já podia, então, comprar a sua tão sonhada Bíblia. Mas onde iria encontrá-la? O pastor de sua igreja lhe informou que não era possível comprar Bíblias em Alan, nem nas vilas vizinhas. Ela só conseguiria encontrar um exemplar na cidade de Bala, que ficava a 40 quilômetros dali.
Naquela cidade, morava o Rev. Thomas Charles, que costumava ter em sua casa alguns exemplares das Escrituras Sagradas, para vendê-los as pessoas da região.
Com esta informação, Mary foi para casa e pediu a seus pais que a deixassem ir a cidade de Bala.
No inicio, eles não queriam que ela fosse sozinha. Mas a mocinha insistiu tanto, que os pais acabaram concordando. A longa viagem de Mary Jones foi feita a pé.
Pensando em poupar seus sapatos da dura caminhada, a fim de poder usá-los na cidade, ela resolveu ir descalça. Depois de caminhar o dia todo, por fim, no inicio da noite, Mary chegou à casa do Rev. Thomas Charles.
Ali, no entanto, mais uma dificuldade a esperava: o Rev. Thomas havia vendido todas as suas Bíblias. Ele ainda tinha alguns poucos exemplares, mas esses já estavam todos encomendados.
Ao receber essa noticia, Mary começou a chorar. Em seguida, mais calma, ela contou toda sua longa história ao Rev. Thomas Charles.
Então o pastor, comovido, dirigiu-se até um armário, retirou de lá uma das Bíblias vendidas e entregou-a à Mary. Impressionado com a história daquela menina, o Rev. Thomas resolveu contar o que tinha ouvido aos diretores da Sociedade de Folhetos Religiosos, uma entidade cristã local.
Profundamente tocados com a luta de Mary Jones para conseguir seu exemplar da Bíblia, os diretores daquela organização chegaram à conclusão de que experiências como a dela não deveriam mais se repetir. Decidiram, então, fazer alguma coisa para tornar a Palavra de Deus acessível a todos.
E, depois de muito estudo e oração, resolveram organizar uma nova sociedade, com a finalidade de traduzir, imprimir e distribuir a Bíblia. Foi assim que, no dia 7 de dezembro de 1802, foi fundada a primeira sociedade Bíblica, que recebeu o nome de Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira.


Fonte: SBB

terça-feira, 16 de novembro de 2010

PARABENS MACKENZIE

POSIÇAO DO MACKENZIE COM RELAÇÃO A HOMOFOBIA

A Universidade Presbiteriana Mackenzie, uma das maiores instituições particulares de ensino em São Paulo, causou a revolta de membros da comunidade gay por causa de um artigo assinado pelo seu chanceler e reverendo Dr. Augustus Nicodemus Gomes Lopes.
O texto, publicado no site do Mackenzie nesta terça (16) e retirado logo depois, diante da polêmica no Twitter, se mostra contra a aprovação da lei "anti-homofobia" - ou seja, pleiteia o direito de continuar se posicionando contra o homossexualismo.
Gomes Lopes diz que a comunidade presbiteriana respeita "todas as pessoas", mas que também defende o direito de poder criticar estilos de vida que estejam em desacordo com as ideias da igreja.
A assessoria de imprensa do Mackenzie não soube explicar o motivo de o texto ter sido retirado do site poucas horas depois de publicado, limitando-se a dizer, em nota: "O Mackenzie se posiciona contra qualquer tipo de violência e descriminação (sic) feitas ao ser humano, como também se posiciona contra qualquer tentativa de se tolher a liberdade de consciência e de expressão garantidas pela Constituição."
Intitulado "Manifesto Presbiteriano sobre a Lei da Homofobia", o texto assinado pelo reverendo Gomes Lopes se propõe a "servir de orientação à comunidade acadêmica." Ele se baseia no Salmo 1, que, "juntamente com outras passagens da Bíblia, mostra que a ética da tradição judaico-cristã distingue entre comportamentos aceitáveis e não aceitáveis para o cristão."
Leia abaixo a carta na íntegra, que foi retirada do site do Mackenzie pouco depois de sua publicação:
"Manifesto Presbiteriano sobre a Lei da Homofobia
Leitura: Salmo 1, juntamente com outras passagens da Bíblia, mostra que a ética da tradição judaico-cristã distingue entre comportamentos aceitáveis e não aceitáveis para o cristão. A nossa cultura está mais e mais permeada pelo relativismo moral e cada vez mais distante de referenciais que mostram o certo e o errado. Todavia, os cristãos se guiam pelos referenciais morais da Bíblia e não pelas mudanças de valores que ocorrem em todas as culturas.
Uma das questões que tem chamado a atenção do povo brasileiro é o projeto de lei em tramitação na Câmara que pretende tornar crime manifestações contrárias à homossexualidade. A Igreja Presbiteriana do Brasil, a Associada Vitalícia do Mackenzie, pronunciou-se recentemente sobre esse assunto. O pronunciamento afirma por um lado o respeito devido a todas as pessoas, independentemente de suas escolhas sexuais; por outro, afirma o direito da livre expressão, garantido pela Constituição, direito esse que será tolhido caso a chamada lei da homofobia seja aprovada.
A Universidade Presbiteriana Mackenzie, sendo de natureza confessional, cristã e reformada, guia-se em sua ética pelos valores presbiterianos. O manifesto presbiteriano sobre a homofobia, reproduzido abaixo, serve de orientação à comunidade acadêmica, quanto ao que pensa a Associada Vitalícia sobre esse assunto:
"Quanto à chamada LEI DA HOMOFOBIA, que parte do princípio que toda manifestação contrária ao homossexualismo é homofóbica, e que caracteriza como crime todas essas manifestações, a Igreja Presbiteriana do Brasil repudia a caracterização da expressão do ensino bíblico sobre o homossexualismo como sendo homofobia, ao mesmo tempo em que repudia qualquer forma de violência contra o ser humano criado à imagem de Deus, o que inclui homossexuais e quaisquer outros cidadãos.
Visto que: (1) a promulgação da nossa Carta Magna em 1988 já previa direitos e garantias individuais para todos os cidadãos brasileiros; (2) as medidas legais que surgiram visando beneficiar homossexuais, como o reconhecimento da sua união estável, a adoção por homossexuais, o direito patrimonial e a previsão de benefícios por parte do INSS foram tomadas buscando resolver casos concretos sem, contudo, observar o interesse público, o bem comum e a legislação pátria vigente; (3) a liberdade religiosa assegura a todo cidadão brasileiro a exposição de sua fé sem a interferência do Estado, sendo a este vedada a interferência nas formas de culto, na subvenção de quaisquer cultos e ainda na própria opção pela inexistência de fé e culto; (4) a liberdade de expressão, como direito individual e coletivo, corrobora com a mãe das liberdades, a liberdade de consciência, mantendo o Estado eqüidistante das manifestações cúlticas em todas as culturas e expressões religiosas do nosso País; (5) as Escrituras Sagradas, sobre as quais a Igreja Presbiteriana do Brasil firma suas crenças e práticas, ensinam que Deus criou a humanidade com uma diferenciação sexual (homem e mulher) e com propósitos heterossexuais específicos que envolvem o casamento, a unidade sexual e a procriação; e que Jesus Cristo ratificou esse entendimento ao dizer, "desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher" (Marcos 10.6); e que os apóstolos de Cristo entendiam que a prática homossexual era pecaminosa e contrária aos planos originais de Deus (Romanos 1.24-27; 1Coríntios 6:9-11).
A Igreja Presbiteriana do Brasil MANIFESTA-SE contra a aprovação da chamada lei da homofobia, por entender que ensinar e pregar contra a prática do homossexualismo não é homofobia, por entender que uma lei dessa natureza maximiza direitos a um determinado grupo de cidadãos, ao mesmo tempo em que minimiza, atrofia e falece direitos e princípios já determinados principalmente pela Carta Magna e pela Declaração Universal de Direitos Humanos; e por entender que tal lei interfere diretamente na liberdade e na missão das igrejas de todas orientações de falarem, pregarem e ensinarem sobre a conduta e o comportamento ético de todos, inclusive dos homossexuais.
Portanto, a Igreja Presbiteriana do Brasil reafirma seu direito de expressar-se, em público e em privado, sobre todo e qualquer comportamento humano, no cumprimento de sua missão de anunciar o Evangelho, conclamando a todos ao arrependimento e à fé em Jesus Cristo".
Rev. Dr. Augustus Nicodemus Gomes LopesChanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie"

domingo, 24 de outubro de 2010

PEQUENOS GRUPOS


Uma das grandes ‘conquistas’ da igreja evangélica contemporânea vem se transformando em um grande problema para muitos cristãos. Nos últimos anos, é cada vez mais comum a construção de templos capazes de receber 4, 5 ou 6 mil pessoas. Isso acontece porque, via de regra, o rol de membros da maioria das denominações não pára de crescer. Parece contraditório fazer essa afirmação. Afinal de contas, ganhar almas para Cristo é a missão de todo crente. No entanto, não há como negar que congregar em igrejas que possuem milhares de membros traz dificuldades evidentes para a comunhão.Para muitos, a solução para essa dificuldade é o que se convencionou chamar de células, ou pequenos grupos, ou, até mesmo, núcleos familiares. Para eles, através de reuniões menores, é possível um resgate dos primeiros tempos do cristianismo, visando uma maior comunhão, edificação e crescimento. Uma lembrança que dá força a essa corrente reside no fato de que o próprio Jesus prometeu a seus servos que estaria presente quando dois ou três deles se reunissem em Seu nome.Os estudiosos lembram que a reunião de cristãos para a prática da oração e da meditação na Palavra remonta aos primeiros anos subsequentes à ascensão de Cristo. Naquele tempo – não podemos esquecer - não existiam grandes igrejas como as de hoje. Além disso, a perseguição aos discípulos de Jesus era intensa. Em função disso, as reuniões eram clandestinas e a fé cristã, absolutamente proscrita e socialmente censurável. Apesar desse panorama pouco estimulante, estavam presentes na igreja do primeiro século doses gigantescas de unidade, devoção e crescimento. De modo geral, os pequenos grupos possuem dois objetivos: comunhão entre membros e proclamação do Evangelho. É ali, num espaço mais intimista, que os recém-convertidos são melhor discipulados e, por isso, acabam transformando-se em lideranças. Como compartilhar, sorrir, chorar, acalentar, fortalecer, ser fortalecido, aconselhar ou ser aconselhado quando estamos no meio de uma multidão? Como ouvir e ser ouvido se já nem conhecemos mais as pessoas ao nosso redor? O pastor Roberto Lay, coordenador do movimento e líder da Igreja Evangélica Irmãos Menonitas, de Curitiba, explica que numa igreja de eventos e programas (liturgia convencional), um número reduzido de pessoas trabalha para preparar alguma coisa para os demais membros que agem como meros consumidores. “Diversamente, as células devolvem a cada crente o privilégio de ser um ministro, realidade que ajuda no desenvolvimento de seu próprio sacerdócio”, aponta.Questionado sobre o papel das igrejas de hoje em comparação à Igreja Primitiva, Lay defende com convicção a aplicação do modelo celular para a edificação pessoal: “a igreja de Atos, na verdade, aprendeu com Jesus Cristo a ser uma comunidade de relacionamentos, e não de eventos. Era uma igreja bem recebida e estimada pelo povo por sua influência positiva na sociedade”, assinala. Jorge Henrique Barro, diretor da Faculdade Teológica sul-americana, acredita que o caráter missionário das células não pode ser negligenciado. Ele explica que a célula tem uma ênfase missiológica, e não eclesiológica. “Isso porque sua razão de existir não é a Igreja, mas o imperativo da pregação do Evangelho”, sentencia.Muitos irmãos, desiludidos com os percalços da igreja-instituição, têm levantado a bandeira desse novo movimento que, perigosa e tacitamente, vem se formando: o já famoso ‘cristianismo sem igreja’, também conhecido como a ‘doutrina dos desigrejados’. Para eles e para aqueles que decidiram permanecer na ‘velha arca’, não me canso de reafirmar a minha defesa incondicional da igreja como a reunião dos santos, como a noiva do Senhor, como o maravilhoso ajuntamento daqueles que, agradecidos pelo sangue derramado na cruz do calvário, decidiram resistir. “Sê fiel até à morte e dar-te-ei a coroa da vida” (Ap. 2:10). Repetindo o que já disse várias vezes, prossigo não acreditando na possibilidade de que alguém 'permaneça crente' sem o calor da camunhão e o enriquecimento do compartilhar. Isso não quer dizer, entretanto, que a igreja não deva buscar um retorno aos valores defendidos pelos cristãos do primeiro século. Muitas denominações, inclusive, já possuem a experiência das reuniões nos lares e dos pequenos grupos. Talvez, o caminho seja o auto-reconhecimento de que, em virtude do gigantismo que caracteriza muitas igrejas, em que pese a progressiva inanição espiritual, esse instrumento esteja precisando ser fortalecido e visto como uma bela saída para muitos de seus problemas.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O CORAÇÃO ABRASADO DE JOHN WESLEY

Em sua viagem de retorno, John Wesley, agora Com 35 anos de idade, expressa sua frustração: “fui a América evangelizar os índios, mas quem me converterá?”. Durante uma tempestade, na travessia do Oceano Atlântico, Wesley ficou profundamente impressionado com um grupo de morávios (grupo de cristãos pietistas que buscavam a conversão pessoal mediante o Espírito Santo) a bordo do navio. A fé que tinham diante do risco da morte (o medo de morrer acompanhava Wesley constantemente durante a sua juventude) predispôs Wesley à fé evangélica dos morávios. Tal retorno a Inglaterra se deu no ano de 1738. John Wesley volta dos Estados Unidos desiludido com o trabalho realizado na Virgínia. Encontra-se, então, com Pedro Böhler, em Londres,então pastor moraviano da Morávia, Alemanha), e com ele John Wesley se convence de que a fé é uma experiência total da vida humana.
Procurou, então, libertar-se da r e l i g i ã o formalista e fria para viver, na prática, os
ensinos de Jesus.No dia 24 de maio de 1738, numa pequena reunião na rua Aldersgate, numa 4ª feira, em Londres, ouvindo a leitura de um antigo comentário escrito por Martinho Lutero, pai da Reforma Protestante, sobre a carta aos Romanos, John sente seu coração se aquecer (entende-se que Wesley experimentava o “batismo no Espírito Santo”). Experimenta grande confiança em Cristo e recebe a segurança de que Deus havia perdo a d o seus pecados. Tal experiência espiritual extraordinária é a s s i m narrada em seu diário:
“Cerca das nove m e n o s um quarto, enquanto ouvia a descrição que Lutero fazia sobre a mudança que Deus opera no coração através da fé em Cristo, senti que meu coração ardia de maneira estranha. Senti que, em verdade, eu confiava somente em Cristo para a salvação e que uma certeza me foi dada de que Ele havia tirado meus pecados, em verdade meus, e que me havia salvo da lei do pecado e da morte. Comecei a orar com todo meu poder por aqueles que, de uma maneira especial, me haviam perseguido
e insultado. Então testifiquei diante de todos os presentes o que, pela primeira
vez, sentia em meu coração”. Nos 50 anos seguintes, Wesley pregou em média de
três sermões por dia; a maior parte ao ar livre.
Um dos biógrafos de Wesley o descreveu como um homem “sempre ofegante, correndo
sem parar atrás das almas perdidas”. No túmulo de Adam Clarke, um dos primeiros
estudiosos metodistas e um discípulo de Wesley, estão inscritas estas palavras: “Vivendo para os outros, fui totalmente consumido”.
Uma vez, um colega pastor perguntou a John Wesley, mensageiro do coração ardente,
o que devia fazer para aumentar sua igreja. Ele respondeu: “Se o pregador estiver em
chamas, todo o mundo virá para vê-lo queimar”.
Que Deus aqueça nosso coração e nos livre de uma espiritualidade estéril, morta e desinteressante

domingo, 19 de setembro de 2010

O TRIPLICE PROPOSITO DA PROFECIA (12º LIÇÃO)

INTRODUÇAO


Na lição de hoje o assunto é acerca do tríplice propósito da profecia, baseado no texto de 2 Coríntios 14.3. No versículo 4, o apóstolo Paulo explica que o dom de línguas edifica somente o emissor, ou seja, é estritamente individual. Enquanto o dom de profecia tem o caráter coletivo e busca o crescimento do Corpo de CRISTO integralmente. Apesar de as línguas estranhas serem legítimas, jamais devem ser proibidas (v.39), o apóstolo incentiva a prioridade na busca pelo dom de profecia, visando à edificação de todo o corpo.

Os capítulos 12 e 14 de 1 Coríntios tratam de dons espirituais e ministeriais.

Dom – Charisma ( Dom, graça, favor )


Dons Espirituais - Recursos do E.S. dados aos crentes visando seu aperfeiçoamento, ampliar seu conhecimento e poder para realizar a obra de Deus (Atos 1.8)

Dons Ministeriais Capacitação divina para o exercício do ministério. Visando a edificação do corpo, a igreja. Temos 3 listas (Rm 12.7,8 , 1 Co 12.28 e Ef 4.11 )- I Tm 4.14, 2 Tm 1.6

Ambos são para a edificação do corpo, que e a igreja (Individual e coletiva)

Profecia.
A profecia é um dos dons verbais colocados à disposição dos santos com o propósito de exortar, edificar e consolar a igreja. Ela é concedida ao crente pelo ESPÍRITO SANTO, de forma direta e imediata, a fim de trazer à luz a verdade divina . 1Co 14.1 Segui o amor, e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar.

1Co 14.5 E eu quero que todos vós faleis em línguas, mas muito mais que profetizeis; porque o que profetiza é maior do que o que fala em línguas, a não ser que também interprete para que a igreja receba edificação.

Há dois pontos que devem ser considerados:

A) O crente que profetiza tem de saber e deve estar consciente de sua responsabilidade de entregar somente o que DEUS lhe autorizou. É necessário que o servo de DEUS esteja totalmente sob o controle do ESPÍRITO de DEUS.
Nem todo que profetiza é profeta (1Co 14:31) e (Ef 4:11) Profeta é ministério dado por CRISTO, profecia é manifestação do ESPÍRITO SANTO.

B) O crente que profetiza tem de saber que toda a profecia deve ser julgada, provada (1 Co 14.29; 1 Ts 5.19-21). Toda verdade concedida pelo ESPÍRITO SANTO é coerente e não se contradiz. Sendo assim, qualquer profecia, para ser aceita, deve ser submetida ao padrão estabelecido pela Profecia Escrita, a Palavra de DEUS (Gl 1.8; 1 Jo 2.20,27; 4.1-3).
Pode vir de 3 fontes: DEUS, homem e satanás. Devem ser julgadas (1 Ts 5:21,22) e controladas para haver ordem no culto; um depois do outro .

Temos 2 tipos de profecias : A escrita(Esta na bíblia, e infalível e não passível de julgamento e a de Inspiração(verbal, audível) essas devem ser julgadas, não são infalíveis.

I - OS DONS ESPIRITUAIS

1 – A SITUAÇÃO EM CORINTO
A situação não era novidade, visto o apostolo ter dito ;” nenhum dom vos falta.”(1 Co 1.7). Era algo normal na igreja a manifestação dos dons(esta deveria ser também a nossa realidade). O problema era o abuso e o mal uso dos dons (Muitos abusam e se acham mais espirituais e fora de julgamento) . O profeta deve ter discernimento para entregar sua mensagem. Deve respeitar a pregação da palavra.
Paulo trouxe um ensino muito importante sobre o assunto, esclarecendo as manifestações sobrenaturais do Espírito Santo. Ele concientiza a igreja que todos os que receberam dons espirituais podem e devem administrá-los com sabedoria, prudência e humildade.
2- O CONCEITO
Os nos vem de Deus e não devem ser usados para promoção ou ostentação, como vinha ocorrendo em Corinto. ( 12.7).
3 – A LISTA DOS DONS E UMA ILUSTRAÇÃO
9 DONS
O apostolo ilustra o uso dos dons na igreja, comparando a sua boa e ordeira utilização ao bom funcionamento do corpo humano. Cada membro desempenha uma função, os membros são interdependentes.
II – A IMPORTANCIA DO AMOR
No capítulo 13 da sua I Epístola aos Coríntios. Paulo faz um parêntese na discussão a respeito dos dons espirituais a fim de tratar sobre o amor cristão e coloca esse como um caminho mais excelente. A intenção do apóstolo é mostrar aos crentes de Corinto, que supervalorizavam os dons espirituais, a importância de equilibrar o uso dos dons com a frutificação espiritual demonstrada em amor. A melhor linguagem do céu ou da terra, sem amor, é apenas barulho (v. 1), por isso, quem tem um dom espiritual, não pode se arvorar como se fosse melhor do que os outros e isso, com certeza, estava acontecendo na igreja daquela cidade. Por ser paciente, o amor tem uma capacidade inerente para suportar, ao invés de querer afirmar-se, o amor busca, prioritariamente, dar-se (v. 4). O amor não imputa o mal ao outro, sequer o leva em conta, não abriga ressentimentos pelas ofensas (v. 5). Alegra-se com a verdade, na verdade do evangelho (Jo. 5.56), que está em Jesus (v. 6).Tudo suporta, não fraqueja, não se deixa vencer em todas as dificuldades (v. 7). Os dons espirituais acabarão, no fim, quando Deus tiver cumprido o Seu plano (v. 9,10), mas o amor. A fé é importante, bem como a esperança, mas nada supera o amor (v. 13).
Primeiro o amor depois os dons. Primeiro o fruto depois o trabalho. O fruto e do homem para Deus e o dom e de Deus para o homem.

3 – A PERENIDADE DO AMOR
O amor e mais importante que os dons espirituais, pois ele nos acompanhara até mesmo no céus, ao passo que os dons são temporais, eles cessarão.( 13,8,10,13).
III- O DOM DA PROFECIA

FUNÇÕES DA PROFECIA COMO DOM DO ESPÍRITO SANTO

Edificação. Confirma nossa expectativa de estar trabalhando para o SENHOR. Nos estimula a continuar fazendo a obra do SENHOR.
At cap. 27.24 dizendo: Não temas, Paulo, importa que compareças perante César, e eis que Deus te deu todos os que navegam contigo.
Exortação. Há uma diferença fundamental entre exortar e ensinar. O ensino tem por objetivo transmitir o conhecimento, lidar com o intelecto, a mente. A exortação toca no coração e atinge a consciência e a vontade de quem está sendo exortado, de modo que a sua fé é estimulada. O crente passa a ter um maior compromisso com o Reino de DEUS. Na exortação, as verdades ensinadas são aplicadas imediatamente à vida cristã. Quem tem o dom de exortar não é necessariamente um mestre, embora possa sê-lo (At 11.23).
A EXORTAÇÃO MEXE COM A DORMÊNCIA DO CRENTE, DESPERTA-O PARA UMA NOVA REALIDADE E DÁ-LHE UMA INJEÇÃO DE ÂNIMO.
A EXORTAÇÃO NUNCA VISA REBAIXAR OU DIMINUIR O CRENTE, MAS SEMPRE TEM EM VISTA ESTIMULÁ-LO AO CRESCIMENTO E FORTALECIMENTO, TORNANDO-O APTO PARA A OBRA DE DEUS.
Ef 5·14 Pelo que diz: Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará.
Consolação. Conforta aquele que está abatido devido às perseguições que a pregação do evangelho tráz. Evita a depressão naquele que está sendo perseguido e às vêzes até torturado pelo amor à Palavra de DEUS.
Lc 22.43 Então lhe apareceu um anjo do céu, que o confortava.

CONCLUSÃO

O problema na utilização dos dons, vem desde os dias dos apóstolos.
A solução não esta em restringir ou abandonar os dons, mas em ter prudência para usa-los.
Que vivamos nos domínios do Espírito, mas que tudo seja feito “ com decência e ordem” ( 1 Co 14.39,40)

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

PENSE NISSO ...

"Aquele que busca conhecimento, com o propósito de se exibir para as pessoas, torna-se sinônimo de vaidade. Aquele que busca conhecimento, com o intuito de ensinar outras pessoas, torna-se sinônimo de amor. Mas aquele que busca conhecimento, visando aplicar o conhecimento adquirido em sua própria vida, torna-se sinônimo de sabedoria." (Richard Baxter, pastor e autor do livro 'O Pastor Aprovado')

sábado, 28 de agosto de 2010

PARA QUE SERVE A ESPIRITUALIDADE


Os evangelicos conhecem pouco sobre espiritualidade.O livro nos chama a um compromisso. Nossa espiritualidade precisa demonstrar vinculos com os valores do reino de Deus e com sua justiça . Na espiritualidade não ha espaço para a superficialidade religiosa . Que o livro motive o leitor a vincular fé, oração e pratica

LIÇÕES BIBLICAS 4º TRIMESTRE 2010

O PODER E O MINISTERIO DA ORAÇÃO

01 - O QUE E ORAÇÃO ?
02- A ORAÇÃO NO ANTIGO TESTAMENTO
03 - A ORAÇÃO SÁBIA
04 - A ORAÇÃO NO NOVO TESTAMENTO
05 - ORANDO COMO JESUS ENSINOU
06 - A IMPOTÂNCIA DA ORAÇÃO NA VIDA DO CRENTE
07 - A ORAÇÃO DA IGREJA E O TRABALHO DO ESPIRITO SANTO
08 - A ORAÇÃO SACERDOTAL DE JESUS CRISTO
09 - A ORAÇÃO E A VONTADE DE JESUS
10 - O MINISTÉRIO DA INTERCESSÃO
11 - A ORÇÃO CONDUZ AO PERDÃO
12 - QUANDO O CRENTE NÃO ORA
13 - SE O MEU POVO ORAR

terça-feira, 27 de julho de 2010

ESPIRITUALIDADE

A espiritualidade de uma pessoa e medida pela intensidade que busca a Deus(Sl 42.1,2), cada dia e uma nova oportunidade de experimentar a intimidade com o Senhor(Sl 25.14). Não deixe de dar bom dia e nem boa noite para Deus.

sábado, 24 de julho de 2010

LIÇAO 04 - PROFECIA E MISTICISMO

Lição 04 - PROFECIA E MISTICISMO
Leitura Bíblica em Classe (Dt 13.1-5/18.10-12)
Q.v.(1João 4.1-6; Jeremias 23.9-33.)



Introdução

O homem por ser tanto matéria como espírito/alma tem fascinação pela religião, pelo sobrenatural e por aquilo que esta alem de sua compreensão.( OBS: Reproduzimos aqui importante análise a respeito disto por parte do PE. Antonio Vieira, o maior orador sacro em língua portuguesa em sua obra História do futuro: ―…Como é inclinação natural no homem apetecer o proibido e anelar ao negado, sempre o apetite e curiosidade humana está batendo às portas deste segredo, ignorando sem moléstia muitas cousas das que são, e afetando impaciente a ciência das que hão de ser. Por este meio veio o Demônio a conseguir que o homem lhe desse falsamente a divindade, que o mesmo demônio com igual falsidade lhe tinha prometido. E senão, pergunto: Quem foi o que introduziu no Mundo, sem algum medo, mas antes com aplauso, a adoração do Demônio? Quem fez que fosse tão freqüentado e consultado o ídolo de Apolo em Delfos? O de Júpiter em Babilônia? O de Juno em Cartago? O de Vênus no Egito? O de Dafne em Antioquia? O de Orfeu em Lesbo? O de Fauno em Itália? O de Hércules em Espanha, e infinitos outros em muitas partes? Não há dúvida que o desejo insaciável que os homens sempre tiveram de saber os futuros, e a falsa opinião dos oráculos com que o Demônio respondia naquelas estátuas, foram os que todo este culto lhe granjearam, sendo certo que, se Deus, vindo ao Mundo, não emudecera (como emudeceu) os oráculos da Gentilidade, grande parte do que hoje é fé, fora ainda idolatria. Tão mal sofreram os homens que Deus reservasse para si a ciência dos futuros, que chegaram a dar às pedras a divindade própria de Deus, só porque Deus fizera própria da divindade esta ciência: antes queriam uma estátua que lhes dissesse os futuros, que um Deus que lhos encobria. Mas que direi das ciências ou ignorâncias das artes ou superstições que os homens inventaram desde a terra até o céu, levados deste apetite? Sobre os quatro elementos assentaram quatro artes de adivinhar os futuros, que tomaram os nomes dos seus próprios sujeitos: agromancia, que ensina a adivinhar pelas cousas da terra; a hidromancia, pelas da água; a aeromancia, pelas do ar, e a piromancia, pelas do fogo. Tão cegos seus autores no apetite vão daquela curiosidade, que, tendo-se perdido na terra os vestígios de tantas cousas passadas, cuidaram que na água, no ar e no fogo os podiam achar das futuras. No mesmo homem descobriram os homens dois livros sempre abertos e patentes, em que lessem ou soletrassem esta ciência. A fisionomia, nas feições do rosto; a quiromancia, nas raias da mão. Em um mapa tão pequeno, tão plano e tão liso como a palma da mão de um homem, inventaram os quiromantes não só linhas e caracteres distintos, senão montes levantados e divididos, e ali descrita a ordem e sucessão da vida e casos dela, os
anos, as doenças e os perigos, os casamentos, as guerras, as dignidades, e todos os outros futuros prósperos ou adversos; arte certamente merecedora de ser verdadeira pois punha a nossa fortuna nas nossas mãos. Deixo a astrologia judiciária, tão celebrada no nascimento dos príncipes, em que os genetlíacos, sobre o fundamento de uma só hora ou instante da vida, levantam ou figura ou testemunhos a todos os Sucessos dela. Nem quero falar na triste e funesta nicromancia, que, freqüentando os cemitérios e sepulturas no mais escuro e secreto da noite, invoca com deprecações e conjuros as almas dos mortos para saber os futuros dos vivos. A este fim excogitaram tantos gêneros de sortilégios, como se na contingência da sorte se houvesse de achar a certeza; a este fim observaram os sonhos como se soubesse mais um homem dormindo do que sabia acordado; a este sentido consultavam as entranhas palpitantes dos animais, como se um bruto morto pudesse ensinar a tantos homens vivos. Com o mesmo apetite pediam respostas às fontes, aos rios, aos bosques e às penhas; com o mesmo inquiriam os cantos e vôos das aves, os mugidos dos animais, as folhas e movimentos das árvores, com o mesmo interpretavam os números, os nomes e as letras, os dias e os fumos, as sombras e as cores e não havia cousa tão baixa e tão miúda por onde os homens não imaginassem que podiam alcançar aquele segredo que Deus não quis que eles soubessem. O ranger da porta, o estalar do vidro, o cintilar da candeia, o topar do pé, o sacudir dos sapatos, tudo notavam como avisos da Providencia e temiam como presságios do futuro. Falo da cegueira e desatino dos tempos passados, por não envergonhar a nobreza da nossa Fé com a superstição dos presentes. …‖) A religiosidade está pautada no misticismo .Daí o sucesso do tema. Paulo Coelho, o mago ou bruxo vende milhões de livro em todo o mundo. Filmes cujo tema e exorcismo, satanismo, magia, atividades paranormais, são campeões de bilheteria (O exorcista, Harry Poter e a saga crepúsculo). Na bíblia esse fascínio começou cedo com a edificação da torre de Babel(Gn 11) e pode ser visto na sociedade politeísta de Ur e nas artes mágicas dos egípcios(Gn 41.8,15).Tal fascínio, busca e envolvimento e perigoso, pois o que se diz e pensa ser de Deus tem na sua maioria outro tipo de fonte(Ef 6.12). O que a mídia e outros setores de comunicação entendem por misticismo,espiritualidade é uma rede de conceitos completamente frontal aos princípios estabelecidos pela Palavra de Deus. A palavra ―misticismo, na verdade, foi utilizada, pela primeira vez, por um escritor cristão, o monge Dionísio Pseudo-Areopagita, que viveu no século V, que usou a palavra para descrever uma espécie de teologia em que se buscava conhecer a Deus menos pela razão e mais por uma experiência pessoal, que superasse os limites da razão e alcançasse a transcendência divina, significado este que está um tanto quanto longe do usado na atualidade e que é o empregado neste estudo.
Aurélio: Misticismo: 1. Crença ou doutrina religiosa dos místicos; 2. Disposição para crer no sobrenatural. Místico: 1. Misterioso e espiritualmente alegórico ou figurado. 2. Relativo à vida espiritual e contemplativa; 3. Religioso; 4. Aquele que procura atingir o estado extático de união direta com a divindade.
Misticismo: Conjunto de normas e práticas que tem por objetivo alcançar uma comunhão direta com Deus. O problema que os místicos sempre exaltam a experiência em detrimento a Palavra. É a atitude da pessoa que deposita sua confiança em algo que não existe, ou, mesmo que exista, é ineficaz. Exemplos: orixás, iemanjá, ninfas, duendes, ídolos, amuletos, simpatias, água benta, óleo ungido, galho de arruda e sal grosso. De pronto, vemos que o misticismo é a completa inversão daquilo que representa a atividade profética. Na profecia, como temos visto, Deus, dentro de Seu infinito amor, misericórdia e desejo de estabelecer uma comunhão com o homem, fala ao ser humano, através do profeta, revelando-lhe a Sua vontade, trazendo-lhe mensagens, inclusive sobre o futuro. No misticismo, é o homem que, por sua própria conta e risco, acha ter condições de atingir o nível divino, de entrar em contato diretamente com Deus, por meio de sua suposta capacidade e habilidade, independentemente de estar, ou não, em comunhão com o Senhor.

Nesta lição nos ocuparemos das manifestações místicas na bíblia, principalmente no A.T..
O misticismo não existe só fora da igreja esta presente bem mais do que se pensa.
Em resposta a essa realidade, estudaremos, na lição de hoje, esse fenômeno a partir de uma perspectiva bíblica, e, ao final, defenderemos a espiritualidade cristã, pautada na Palavra e no Espírito, e não na mera experiência, como princípio bíblico.

I. AVALIAÇÃO DA PROFECIA
1-OS EMBUSTEIROS (Dt 13.1-3) – Temos verdadeiros e falsos profetas(Embusteiro = impostor, imitador). O falso profeta e capaz de predizer, operar sinais e prodígios, contudo isso não garante que seu ministério seja de origem divina. “O diabo e um grande imitador”.(Martinho Lutero) 2 Co11.14
MT 24.24; AP 13.11-15. O poder do diabo não pode ser negado nem desprezado
(Jô 1.10-12/ Dn 10.5,12,13 / MT 4.1.11)
2 –COMO IDENTIFICAR A FONTE DO MILAGRE


3- DEUS USA O FALSO PROFETA PARA PROVAR OS SEUS SERVOS
DEUS permite que essas coisas aconteçam para nos provar e alertar.
1Rs 13.7-10;14-24
Mt16.22,23. Isto e ainda mais valido para os dias de hoje com tantos inovadores, milagreiros, falsos cristos e pregadores de “outro Jesus, outro espírito e outro evangelho”( 2Co 11.4)
Não são os sinais que autenticam o profeta mas sua mensagem em consonância com as Escrituras e seu estilo de vida.
REFLEXÃO : “ Na Biblia, Deus nos diz tudo que precisamos saber sobre o que vai acontecer “.

II. PRÁTICAS DIVINATÓRIAS(Relativo a adivinhação)
1- AS ABOMINAVEIS PRATICAS DIVINATORIAS
Dt 18.9-11.
Antes de Moisés anunciar a promessa de Deus sobre o estabelecimento do ministério profético em Israel (Dt 15.15-22), Deus advertiu o povo para que ninguém se envolvesse com práticas divinatórias e enumerou algumas delas, dizendo serem parte de culto pagão dos cananeus[2]. Em Deuteronômio 15 é evidente que as práticas divinatórias estão relacionadas com a crença de vários deuses e a ação que constitui o estabelecimento do fenômeno religioso do povo pagão primitivo.
Essas praticas malignas antigas chegaram ate nos. Magia, astrologia, alquimia, clarevidencia, tarô, búzios, quiromancia, necromancia, numerologia, levitação, transe. São praticas demoníacas e idolatras com outros nomes.
Ao estudar a função do profeta, entendemos que seu objetivo nunca foi adivinhar o futuro ou praticar a adivinhação em qualquer esfera. O profeta atuava para atender as reais necessidades do povo como o mensageiro de Deus. Portanto, o conceito de profeta como adivinhador do futuro é completamente impossível pela Escritura. Esperar que o profeta esteja disponível para adivinhar o porvir é abominação aos olhos de Deus!


ADIVINHADOR,PROGNOSTICADOR,AGOUREIRO,FEITICEIRO,ENCANTA DOR,NECROMANTE E MAGICO.

· Adivinhador – É o que pratica adivinhação e feitiçaria.

· Agoureiro – Significa fazer agouros pela nuvem. Mas o seu sentido pode ser ampliado para “observar os tempos, praticar adivinhação, espiritismo, magia, bruxaria e encantamento.

· Feiticeiro – Fazer encantamento, adivinhação, presságio, feitiçaria, agouro.

· Encantador de encantamentos – Unir, dar um nó mágico. Manipulação de determinados “poderes sobrenaturais”.

· Consultor de espírito adivinhante – A expressão significa médium, espírito, espírito de mortos, necromante e mágico. A expressão “quem consulte os mortos” é literalmente usada para indicar a necromancia. O necromante é aquele que faz adivinhação por meio de consulta aos mortos, ou seja, é a prática mediúnica. A palavra grega para necromante é nekuomanteia cujo significado é “necromancia, adivinhação por meio da evocação dos mortos”.

· Mágico – É o agoureiro, adivinhos.[1]

2- BRUXO E BRUXARIA


Como conhecer a vontade de deus :
1) ler a bíblia
2) Oração
3) Conversas com o Pastor(Líder)
4) Estar presente aos cultos

III. A NECESSIDADE DA PROFECIA BÍBLICA
1- A VOZ DE DEUS NA TERRA
Apesar da queda, Deus não deixou de se comunicar com o homem
2- REVELAÇÃO DOS ARCANOS DIVINOS
2 Pe 1.19
3- CONTRASTE ENTRE A VERDADEIRA PROFECIA E AS PRATICAS PAGÃS.

Sabemos que o Brasil está mergulhado nos mais profundo ocultismo. Mas o que espanta, é esse mal imperar em certos arraiais evangélicos na forma de “experiências espirituais”. Fotos, rosas ungidas, sal grosso, rodopios “espirituais” e etc., envergonham o Evangelho pisando no sacrifício de Cristo e expondo uma grande parte do povo evangélico brasileiro ao ridículo. Em reuniões que acontecem tais manifestações, o que vemos, é uma série de manifestações e expressões que em nada lembrar o verdadeiro poder de Deus. MISTICISMO MODERNO: O problema é que quase sempre, os místicos são induzidos a prescindir da Bíblia e se basear apenas em suas experiências. Este é um dos grandes problemas dos neopentecostais, pois eles colocam suas experiências acima da Bíblia e dão a ela uma interpretação particular fora dos recursos hermenêuticos. O Misticismo neopentecostalista é a mistura de figuras, objetos e símbolos para representarem elementos espirituais. Eles tomam figuras do Antigo e Novo Testamento e as espiritualizam, transformando-as em "proteções" semelhantes às usadas pelas magias pagãs. E deste ato aparecem crentes com fitinhas no braço, com medalhas de símbolos bíblicos, ungindo portas e janelas com azeite, colocando sal ao redor da casa para impedir a entrada de maus espíritos; outros bebem copos de água abençoada, usam óleos consagrados em Jerusalém, guardam gravetos que misteriosamente aparecem brilhando nos montes, ungem roupas para libertar as pessoas e etc. As magias pagãs estabelecem como pontos de contatos objetos tais como amuletos, talismãs, patuás, cristais, pedras e coisas para "proteção". O problema é que tais pessoas acabam baseando sua fé em objetos. Estamos vendo novamente a famigerada doutrina a dade Média das indulgências, só que agora no meio evangélico. A bênção é comprada. Quando mais dá, mais bênção...


ESPIRITUALIDADE CRISTÃ SIM, MISTICISMO NÃOO misticismo não é algo novo, mas remendo novo em pano velho. Ele sempre foi praticado na história da religiosidade humana. Na verdade, misticismo e religiosidade andam de braços dados, é como se fossem os dois lados da mesma moeda. O misticismo não se adequa à verdade bíblica, justamente por isso, foge dela, não dá a mínima atenção a estudos bíblicos. As práticas místicas estão respaldas na mera experiência humana. Onde há misticismo, não existe leitura criteriosa da Bíblia. O mais vergonhoso é perceber que no contexto evangélico moderno, os ritos místicos estão substituindo a leitura bíblica e a oração. A comunidade evangélica está repleta de superstições e amuletos. Penso que se os apóstolos e reformadores testemunhassem algumas atitudes de determinadas igrejas pretensamente cristãs ficariam escandalizados. Está na hora de resgatamos a genuína espiritualidade cristã. E essa não se fundamenta na mera subjetividade humana, de quem quer que seja: homens ou anjos (Gl. 1.7-9), mas na pregação comprometida da Palavra de Deus, na oração fervorosa no Espírito e na comunhão na igreja vivida em amor. Uma espiritualidade que não leva em conta a ortodoxia, isto é, a apropriada leitura e interpretação da Bíblia, os momentos de devoção fundamentados na Sagrada Escritura, não passa de misticismo. E não importa onde aconteça, seja dentro ou fora dos arraias evangélicos. A espiritualidade verdadeiramente cristã não se confunde com o misticismo, pois essa, além de partir da revelação de Deus, se concretiza em atitudes condizentes com o fruto do Espírito (Gl. 5.22).




Com a direção fidedigna do E.Santo, das Escrituras e da igreja, não precisamos voltar-nos para fontes ocultas, a fim de obter informações, especialmente porque o que vêm destas fontes e engano. Primeiro a Bíblia, depois a fé e depois a experiência.



CONCLUSÃO
A igreja do Senhor, em resposta a essa carência, precisa assumir uma voz verdadeiramente profética. A enunciação da igreja deva ter como mote o “assim diz o Senhor”, não o “assim digo eu ou qualquer outra entidade”. Para tanto, faz-se necessário que essa busque o caminho da genuína espiritualidade, fundamentada tanto na Palavra quanto no Espírito de Deus.













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"Fiz uma aliança com Deus: que Ele não me mande visões, nem sonhos, nem mesmo anjos. Estou satisfeito com o dom das Escrituras Sagradas, que me dão instrução abundante e tudo o que preciso conhecer tanto para esta vida quanto para o que há de vir." (Martinho Lutero)








sexta-feira, 2 de julho de 2010

MINISTERIO PROFETICO

O MINISTERIO PROFETICO NO A.T

Vamos iniciar um novo trimestre em Lições Bíblicas. O tema desse trimestre é “O Ministério Profético na Bíblia, A voz de Deus na Terra”. O objetivo principal desse tema é percorrer toda a Bíblia a fim de descortinar os desdobramentos e implicações do ministério profético nela. E urgente que a Igreja esteja pronta a conhecer, compreender e discernir quem, de fato, é verdadeiro profeta.

VERDADE PRATICA

Os profetas ouviam Deus, Os profetas falavam com Deus e os profetas falavam de Deus ao povo.


INTRODUÇAO

Os profetas do AT eram homens de Deus que, espiritualmente, achavam-se muito acima de seus contemporâneos. Os profetas foram pessoas usadas por Deus para instruir seu povo.Eram porta-vozes de Deus, tornaram-se o canal de comunicação entre Deus e os homens, e a sua missão era levar a verdadeira mensagem.
Jesus e os apóstolos reconheceram sua importância, autoridade e inspiração fazendo-lhes referencia e citando sua profecias.
E bom ressaltar que os profetas morreram não sua mensagem, pois esta transcendeu seu tempo e continua a falar-nos e cumprir-se.
E importante compreender o ministério profético, que levou o Senhor a escolher uma grande quantidade de homens, em tempos determinados, para a expressão maior da presença divina, a profecia.
O termo profeta aparece já pela primeira vez em Gn 20.7.

I – O INICIO DO MINISTERIO DOS PROFETAS

O ministério de profeta tem seu início em Moisés com a manifestação clara do exercício profético no arraial israelita (Nm 11.25,26). A concepção da instituição divina de ministério profético é ratificada em Deuteronômio 18.9-22, onde a contraposição entre profeta e prognosticadores (encantadores, mágico, etc.) é feita com a promessa do surgimento do grande profeta em Israel (vv. 15-22): Jesus Cristo (At 7.37,38).

Moises foi sem duvida o grande profeta ( Dt 34.10).Ele prefigurava o maior de todos os profetas, Jesus (Dt 18.15/ Hb 3.1-6).

3- TOMARA QUE TODO O POVO DO SENHOR FOSSE PROFETA “(NM 11.29)
(Compare com 1 Co 14.1-5)
Qualquer um podia ser profeta, desde que fosse vocacionado por Deus.
A iniciativa da chamada para o ministério profético depende exclusivamente da vontade divina, (Ex 3.1-4,17; cf. Is 6; Jr 1.4-19). O objetivo do profeta no Antigo Testamento era anunciar a Palavra verdadeira da parte de Deus.

II – O PROFETA
1 O SIGNIFICADO
Ex 4.14-16

Nabi’. (a) Esta é a principal palavra hebraica para "profeta", e ocorre 316 vezes no AT. Nabi’im é sua forma no plural. Embora a origem da palavra não seja clara, o significado do verbo hebraico "profetizar" é: "emitir palavras abundantemente da parte de Deus, por meio do Espírito de Deus" Sendo assim, o nabi’ era o porta-voz que emitia palavras sob o poder impulsionador do Espírito de Deus. A palavra grega prophetes, da qual se deriva a palavra "profeta" em português, significa "aquele que fala em lugar de outrem". Os profetas falavam, em lugar de Deus, ao povo do concerto, baseados naquilo que ouviam, viam e recebiam da parte dEle. (b) No AT, o profeta também era conhecido como "homem de Deus" (ver 2Rs 4.21 nota), "servo de Deus" (cf. Is 20.3; Dn 6.20), homem que tem o Espírito de Deus sobre si (cf. Is 61.1-3), "atalaia" (Ez 3.17), e "mensageiro do Senhor" (Ag 1.13).
Ro’eh. Este substantivo, traduzido por "vidente", em português, indica a capacidade especial de se ver na dimensão espiritual e prever eventos futuros. O título sugere que o profeta não era enganado pela aparência das coisas, mas que as via conforme realmente eram — da perspectiva do próprio Deus. Como vidente, o profeta recebia sonhos, visões e revelações, da parte de Deus, que o capacitava a transmitir suas realidades ao povo.


III – O Ministério
Samuel presidiu uma congregação de profetas .
No final do período dos juizes e inicio do período monárquico, em Israel, aparecia a primeira escola de profetas (1 Sm 10.5,10; 19.19-23 ). Isso introduz o papel importante que o profeta exerceria na historia da nação. Ele seria consultado pelos os reis como representantes de Deus para com o povo. Este profeta falaria ao rei através dos oráculos. Esse período para os profetas, em Israel, é marcado por respeito e reverência por parte da nobreza e do povo (1 Sm 16.4,5).
A missão do profeta não estava baseada apenas numa vida espiritual com princípios rigorosos, pois além da sua chamada específica, se esperava do profeta uma vida exemplar e condizente com aquilo que ele pregava. A bíblia nos da um exemplo de um profeta que teve sua vida observada por uma mulher (II Re 4.9)
Mas, a excelência das visões e revelações levou estes grandes homens de Deus a pagarem um alto preço em seus ministérios. Quando Natã, o profeta, teve por incumbência de falar com o rei Davi sobre o seu pecado, ele usou de muita sabedoria ao usar uma parábola para fazer com que o rei entendesse o seu pecado, mas finalmente veio o profeta; “Então disse Natã a Davi: “Porque, pois, desprezaste a palavra do SENHOR, fazendo o mal diante de seus olhos? A Urias, o heteu, feriste à espada, e a sua mulher tomaste por tua mulher; e a ele mataste com a espada dos filhos de Amom”. ( II Sm 12.9) . Neste momento, em que o rei Davi ouvia do profeta que era ele o transgressor, ouviu também a sentença pelo seu pecado vers 14.
O ministério dado por Deus aos seus servos levou a estes homens a pregarem a várias gerações que não conheciam o Senhor. O motivo que levou a estes profetas a pregarem a palavra verdadeira era uma só, fazer valer a palavra do Senhor Deus de Israel. Sempre existiram no passado, aqueles que não temeram reis, príncipes, sacerdotes nem a própria morte, para que através da palavra profética alcançar que alguns chegassem ao arrependimento ( Elias, Jeremias ).
A propagação da verdadeira profecia, como pode ser verificada, é uma ordenação divina que era paulatinamente falada aos ouvidos de todo o Israel (Jr 35.15). Os profetas de um modo geral eram tidos como pessoas importantes na sociedade .Os profetas não eram simplesmente indivíduos perceptivos no sentido político ou social. Eles eram pessoas que, pela revelação de Deus possuíam um conhecimento maior dos eventos históricos daquele período para aos quais eram enviados. Os profetas tinham o dever de falarem apenas aquilo que lhes era autorizado pelo Senhor (I Rs 13.9), assim a palavra do Senhor haveria de ser aceita por todos (I Re 18.39).
Algo recorrente na vida dos profetas do Antigo Testamento é que sempre surgiram em tempos de crise espiritual. Com objetivo de levar a poderosa palavra de Deus, tais homens foram hostilizados, criticados e até mortos (Mt 23.37). Mas alguns destes profetas conseguiram com que o povo, mesmo que por pouco tempo, voltassem para o caminho do Senhor, e retardassem os castigos divinos.
No período da monarquia dividida, surge o então conhecido movimento de profetas em Israel que tecnicamente, em Teologia, é chamado de Profetismo. Esse movimento tinha o objetivo de restaurar o monoteísmo hebreu. Os profetas desse período combatiam a idolatria, denunciavam as injustiças sociais, proclamavam o Dia do Senhor com o objetivo de reacender a esperança messiânica no povo. Esse movimento iniciou em Amós encerrando, cronologicamente com Malaquias. Esse período, diferentemente do anterior, caracterizado pelo sofrimento e marginalização que os profetas eram condicionados a passar. De homens dignos de reverência passaram, os profetas, a homens “dignos” de tratamentos mais baixos possíveis. Isso porque a mensagem de tais profetas ia de encontro aos interesses escusos das lideranças religiosas e políticas de Israel e Judá (Hb 11.36-38).
Que tipo de pessoa era o profeta do AT?
(1) Era alguém que tinha estreito relacionamento com Deus, e que se tornava confidente do Senhor (Am 3.7). O profeta via o mundo e o povo do concerto sob a perspectiva divina, e não segundo o ponto de vista humano.
(2) O profeta, por estar próximo de Deus, achava-se em harmonia com Deus, e em simpatia com aquilo que Ele sofria por causa dos pecados do povo. Compreendia, melhor que qualquer outra pessoa, o propósito, vontade e desejos de Deus. Experimentava as mesmas reações de Deus. Noutras palavras, o profeta não somente ouvia a voz de Deus, como também sentia o seu coração (Jr 6.11; 15.16,17; 20.9).

(3) À semelhança de Deus, o profeta amava profundamente o povo. Quando o povo sofria, o profeta sentia profundas dores (ver O LIVRO DAS LAMENTAÇÕES). Ele almejava para Israel o melhor da parte de Deus (Ez 18.23). Por isso, suas mensagens continham, não somente advertências, como também palavras de esperança e consolo.
(4) O profeta buscava o sumo bem do povo, i.e., total confiança em Deus e lealdade a Ele; eis porque advertia contra a confiança na sabedoria, riqueza e poder humanos, e nos falsos deuses (Jr 8.9,10; Os 10.13,14; Am 6.8). Os profetas continuamente conclamavam o povo a viver à altura de suas obrigações conforme o seu concerto estabelecido com Deus, para que viesse a receber as bênçãos da redenção.

(5) O profeta tinha profunda sensibilidade diante do pecado e do mal (Jr 2.12,13, 19; 25.3-7; Am 8.4-7; Mq 3.8). Não tolerava a crueldade, a imoralidade e a injustiça. O que o povo considerava leve desvio da Lei de Deus, o profeta interpretava, às vezes, como funesto. Não podia suportar transigência com o mal, complacência, fingimento e desculpas do povo (32.11; Jr 6.20; 7.8-15; Am 4.1; 6.1). Compartilhava, mais que qualquer outra pessoa, do amor divino à retidão, e do ódio que o Senhor tem à iniqüidade (cf. Hb 1.9 nota).

(6) O profeta desafiava constantemente a santidade superficial e oca do povo, procurando desesperadamente encorajar a obediência sincera às palavras que Deus revelara na Lei. Permanecia totalmente dedicado ao Senhor; fugia da transigência com o mal e requeria fidelidade integral a Deus. Aceitava nada menos que a plenitude do reino de Deus e a sua justiça, manifestadas no povo de Deus.

(7) O profeta tinha uma visão do futuro, revelada em condenação e destruição (e.g., 63.1-6; Jr 11.22,23; 13.15-21; Ez 14.12-21; Am 5.16-20,27, bem como em restauração e renovação (e.g., 61– 62; 65.17–66.24; Jr 33; Ez 37). Os profetas enunciaram grande número de profecias acerca da vinda do Messias (ver o diagrama das PROFECIAS DO ANTIGO TESTAMENTO CUMPRIDAS EM CRISTO).

(8) Finalmente, o profeta era, via de regra, um homem solitário e triste (Jr 14.17,18; 20.14-18; Am 7.10-13; Jn 3– 4), perseguido pelos falsos profetas que prediziam paz, prosperidade e segurança para o povo que se achava em pecado diante de Deus (Jr 15.15; 20.1-6; 26.8-11; Am 5.10; cf. Mt 23.29-36; At 7.51-53). Ao mesmo tempo, o profeta verdadeiro era reconhecido como homem de Deus, não havendo, pois, como ignorar o seu caráter e a sua mensagem.
A MENSAGEM DOS PROFETAS DO ANTIGO
(1) A natureza de Deus. (a) Declaravam ser Deus o Criador e Soberano onipotente do universo (e.g., 40.28), e o Senhor da história, pois leva os eventos a servirem aos seus supremos propósitos de salvação e juízo (cf. Is 44.28; 45.1; Am 5.27; Hc 1.6). (b) Enfatizavam que Deus é santo reto e justo, e não pode tolerar o pecado, iniqüidade e injustiça. Mas a sua santidade é temperada pela misericórdia. Ele é paciente e tardio em manifestar a sua ira. Sendo Deus santo, em sua natureza, requer que seu povo seja consagrado e santo ao SENHOR (Zc 14.20; cf. Is 29.22-24; Jr 2.3). Como o Deus que faz concerto, que entrou num relacionamento exclusivo com Israel, requer que seu povo obedeça aos seus mandamentos, como parte de um compromisso de relacionamento mútuo.

(2) O pecado e o arrependimento. Os profetas do AT compartilhavam da tristeza de Deus diante da contínua desobediência, infidelidade, idolatria e imoralidade de seu povo segundo o concerto. E falavam palavras severas de justo juízo contra os transgressores. A mensagem dos profetas era idêntica a de João Batista e de Cristo: "arrependei-vos, senão igualmente perecereis". Prediziam juízos catastróficos, tal

como a destruição de Samaria, pela Assíria (e.g. Os 5.8-12; 9.3-7; 10.6-15), e a de Jerusalém por babilônia (e.g., Jr 19.7-15; 32.28-36; Ez 5.5-12; 21.2, 24-27).

(3) Predição e esperança messiânica. (a) Embora o povo tenha sido globalmente infiel a Deus e aos seus votos, segundo o concerto, os profetas jamais deixaram de enunciar-lhe mensagens de esperança. Sabiam que Deus cumpriria os ditames do concerto e as promessas feitas a Abraão através de um remanescente fiel (ver o estudo O CONCERTO DE DEUS COM ABRAÃO, ISAQUE E JACO). No fim, viria o Messias, e através dEle, Deus haveria de ofertar a salvação a todos os povos. (b) Os profetas colocavam-se entre o colapso espiritual de sua geração e a esperança da era messiânica. Eles tinham de falar a palavra de Deus a um povo obstinado, que, inexoravelmente rejeitavam a sua mensagem (cf. Is 6.9-13). Os profetas eram tanto defensores do antigo concerto, quanto precursores do novo. Viviam no presente, mas com a alma voltada para o futuro.

III – CLASSIFICAÇÃO
2 tipos de Profetas
Clássicos ou Escritores – Os que escreveram livros
Orais ou não literários – Não escreveram livros . Tiveram suas profecias registradas.
Essa classificação e apenas didática. Ambos os grupos desempenharam o mesmo oficio, todos falaram em nome de Deus e por Deus
Conclusão
O ministério profético no Antigo Testamento foi marcado pela presença de Deus na vida dos homens que se dedicaram na obra do Senhor. Que nestes últimos dias da igreja neste mundo, o Senhor Jesus Cristo possa levantar homens cheios da sua presença com ousadia e coragem para anuncia a verdadeira palavra de Deus. A sinceridade requerida de todos os santos profetas no Antigo Testamento continua válida em os nossos dias

10 MANDAMENTOS DO PAI

1-Lembra-te de que o lar foi formado por Deus no princípio da raça humana, para que nele o homem encontre toda a soma de felicidade na terra.
2 – Lembra-te de que o primeiro ataque de Satanás foi contra o lar, e que ele, através dos séculos, tem feito todo o esforço para destruí-lo.
3 – Não te esqueças de que Deus te colocou como cabeça do lar. Cumpre com firmeza os teus deveres de chefe de casa.
4 – Coloca o lar em primeiro lugar na lista das tuas prioridades. Ele deve ser mais importante do que qualquer outra coisa na vida
5 – Cumpre a tua responsabilidade de providenciar o suprimento material, moral e espiritual para o teu lat.
6 – Ŝe pródigo em dispensar à tua esposa e a teus filhos o amor que eles precisam, tanto por palavras como por obras.
7 – Considera sempre teus filhos como pedras preciosas que precisam ser lapidadas, constantemente, a fim de que se tornem o adorno do qual te possas orgulhar sempre.
8 – Procura viver de tal maneira que os teus filhos possam seguir os teus passos, tranquilos e confiantes.
9 – Mantém sempre aberta a linha de comunicação do lar, através da qual desentendimentos e problemas – que porventura surjam – possam ser resolvidos alegremente.
10 – Lembra-te de que a tarefa que Deus te deu é pesada demais para te desincumbires dela sozinho. Por isso, busca orientação divina através da oração e da leitura da Palavra de Deus, a qual não somente é o “mapa” que nos mostra como chegar aos céus, mas também a “bússola” que nos ensina como nos conduzir na terra!
Fonte: Lições Bíblicas, 3° Trimestre de 1987, capa– Walter Kaschel

segunda-feira, 28 de junho de 2010

DEVOCIONAL DIARIO

"O SENHOR é bom, é fortaleza no dia da angústia e conhece os que nele se refugiam." Naum 1:7

Pensamento: Deus é bom, Ele é bom, não há mau nenhum no Senhor, e tudo que Ele é faz também é bom. Ele nos criou e por isso nos conhece, somos resultado de um plano perfeito de Deus. E neste plano Deus só colocou coisas boas, se estamos sofrendo alguma aflição é porque deixamos o caminho do Senhor. No dia da angústia, Deus está ao nosso lado, Ele nos livra da tribulação, por isso devemos nos refugiar nEle.

Oração: Pai querido, como sempre mais uma vez vejo o cuidado e a proteção do Senhor em minha vida. Obrigado pela Sua bondade comigo. Perdoa pelas vezes que deixei Seu caminho e me envolvi com coisas que não eram da Sua vontade. Trata minhas emoções para que eu entenda que as aflições são passageiras e a vitória é garantida. Em nome de Jesus. Amém.

ELE ESCOLHEU OS PROBLEMATICOS

Mateus 11.28 e um dos mais conhecidos versiculos da biblia e retrata uma grande verdade, Jesus escolheu os problematicos(ele andava atras de problematicos). Aqueles que ninguem escolheria, eram seu alvo. A mateus , o publicano disse :" Segue-me".Mateus trabalhava para o Império Romano, ele era um Cobrador de Impostos, num tempo de opressão. Pra gente ter uma idéia era como se um judeu trabalhasse para Hitler, na 2ª Guerra.O próprio Mateus sabia quem era, sabia que os judeus "da gema" o repudiavam, ninguem comeria na mesma mesa com ele. Ele carregava o fardo de trair a sua própria casa, o Mestre sabia disso e sabia que ele precisa de ajuda. Jesus fez um convite um tanto simples: Segue-me! E imediatamente Mateus o seguiu.Jesus mostrou o simples fato de que Deus:Escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias,Escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes,Escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são.Para que ninguém se exalte, se glorie.Jesus também mostrou isso no seu andar, Ele estava com aqueles que ninguém mais queria estar,Ele andou com aqueles que queremos distância.Isso me leva a pensar que se não amamos, se julgamos, se nos distanciamos de qualquer sub-grupo marginalizado, deve ter alguma coisa errada quando nós denominamos discipulos dEle? Ele não teve preconceitos, mostrou que é dos nossos. Então, sejamos simplimente sal, como Ele, dando gosto a vida de qualquer um que estiver em nossa caminhada. Não podemos ser mais como sal dentro do saleiro.Nele, que veio para os pequenos, pobres, pecadores...Nele, que dá paz qualquer homem, que atende ao seu Segue-me!

6 coisas que Jesus quer da sua igreja

Ontem preguei e fiz uma reflexão sobre os desejos de Jesus para sua igreja. São muitos e baseando-me no texto de Atos 3.1-11 falei de alguns desejos.
1 - Unidade
2 - Oração
3 - Compaixão
4 - Causar Expectativa, provocar esperança
5 - Fé
6 - Anunciar o nome de Jesus

Essa era a atmosfera daquela igreja, não me admira que ela marcou sua geração e nos causa suspiros, pois queriamos(e queremos) ser e ter o que eles tiveram.
Jesus não mudou(Hb 13.8). Podemos ser mais do que somos, fazer mais que do que ja fizemos e conquistar mais do que ja conquistamos.
Lembre-se o Poder e de Deus mas o quer ser e fazer e nosso.
Deus abençoe.

terça-feira, 15 de junho de 2010

JESUS DISSE

Quando jejuarem, não mostrem uma aparência triste como oshipócritas, pois eles mudam a aparência do rosto a fim de que osoutros vejam que eles estão jejuando. Eu lhes digo verdadeiramenteque eles já receberam sua plena recompensa. Ao jejuar, arrume ocabelo e lave o rosto, para que não pareça aos outros que você estájejuando, mas apenas a seu Pai, que vê em secreto. E seu Pai, quevê em secreto, o recompensará.” -- Mateus 6:16-18

PENSAMENTO: O jejum, a oração, e a ajuda a pessoas necessitadas são todosserviços que devem ser prestados a Deus - para seu agrado, para seupropósito e para sua honra. Mas, quando nós nos preocupamos como oreconhecimento de homens pelo nosso serviço, quem recebe a atençãoe honra somos nós. O Serviço Secreto do governo dos EUA tem como umdos seus principais objetivos a proteção do Presidente, seusfamiliares e outros governantes importantes. O aspecto “secreto”deste grupo não se refere a um trabalho oculto como espionagem,porém, à discreção dos agentes ao desempenhar seu trabalho. Osagentes desse serviço trabalham sem uniforme, em traje comum.Grande parte do sucesso do trabalho deles depende justamente delesnão serem vistos. O Presidente pode aparecer, e muitos vão daratenção a ele. Mas, os homens que servem a ele não devem aparecer.Ao contrário, devem ser invisíveis. Podemos olhar para nossoserviço Cristão de forma parecida. Para que o Rei receba a atençãoe para que a glória seja dada a Deus, nós temos que fazer o nossoserviço em secreto. Caso contrário, quem chama a atenção somos nós.Quem recebe a glória somos nós. Então temos que decidir quem devereceber a glória e de quem queremos receber nosso reconhecimento.Como vai seu serviço secreto?

ORAÇÃO: Maravilhoso Deus, o Senhor merece toda honra e glória. Ajude-mea mostrar que qualquer coisa que há de louvável em mim foi umadádiva do Senhor. Que Jesus receba todo o reconhecimento que Elemerece por meio da minha vida. Em nome do Cristo eu oro. Amém.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

INDICAÇAO DE LEITURA


Os segredos que todo professor deve aprender e colocar em prática!
Você deseja ter:
Alunos que atinjam o máximo do seu potencial?
Alunos interessados e motivados?
Alunos capazes de colocar imediatamente em prática o que aprendem?
Alunos que não só aprendem a matéria, mas sejam levados a aprimorar seu caráter?
Alunos que sempre se lembram do professor com grande respeito e carinho?
As 7 Leis do Aprendizado coloca em suas mãos sete chaves para uma mudança radical em seu ensino. São princípios baseados na Bíblia que têm sido ensinados ao redor do mundo, com resultados surpreendentes na vida de professores e alunos.
  1. A Lei da Aprendizagem
  2. A Lei da Expectativa
  3. A Lei da Aplicação
  4. A Lei da Retenção
  5. A Lei da Necessidade
  6. A Lei da Preparação
  7. A Lei do Avivamento

quinta-feira, 3 de junho de 2010

LIÇÕES BIBLICAS 3º TRIMESTRE 2010


Comentário: Esequias Soares
Consultor Doutrinário e Teológico: Antônio Gilberto
Lição 1
O Ministério Profético no Antigo Testamento
Lição 2
A Natureza da Atividade Profética
Lição3
As Funções Sociais e Políticas da Profecia
Lição 4
Profecia e Misticismo
Lição 5
A Autenticidade da Profecia
Lição 6
Profetas Maiores e Menores
Lição 7
Os falsos Profetas
Lição 8
João Batista – O Último Profeta do Antigo Pacto
Lição 9
Jesus – O Cumprimento Profético do Antigo Pacto
Lição 10
O Ministério Profético no Novo Testamento
Lição 11
O Dom Ministerial de Profeta e o Dom de Profecia
Lição 12
O Tríplice Propósito da Profecia
Lição 13
A Missão Profética da Igreja

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Já imaginou o que aconteceria se tratássemos a nossa Bíblia do jeito que tratamos o nosso celular?

E se sempre carregássemos a nossa Bíblia no bolso ou na bolsa?
E se déssemos uma olhada nela várias vezes ao dia?
E se voltássemos para apanhá-la quando a esquecemos em casa, no escritório?
E se a usássemos para enviar mensagens aos nossos amigos?
E se a tratássemos como se não pudéssemos viver sem ela?
E se a déssemos de presente às crianças?
E se a usássemos quando viajamos?
E se lançássemos mão dela em caso de emergência?

Mais uma coisa: Ao contrário do celular, a Bíblia não ­fica sem sinal. Ela “pega” em qualquer lugar.

Não é preciso se preocupar com a falta de crédito porque Jesus já pagou a conta e os créditos não têm ­fim.

E o melhor de tudo: não cai a ligação e a carga da bateria é para toda a vida.

“Busquem o Senhor enquanto é possível achá-lo; clamem por ele enquanto está perto.” Isaias 55:6

Fale mais com Deus e menos no celular!

quarta-feira, 26 de maio de 2010

DIA DO PASTOR METODISTA

A data de 24 de maio e muito especial para os metodistas. Nela comemoramos o dia do Pastor Metodista. Mas por que esse dia?

E uma alusão ao dia 24 de Maio de 1738( Foi uma Quarta-feira ). Dia em que John Wesley teve uma extraordinária experiência que mudou sua vida e ministério e por que não dizer os rumos da historia. Ele mesmo descreve a experiência: À tarde fui, com pouco vontade, a uma reunião na Aldersgate Street (Londres); quando cheguei alguém estava lendo o prefácio de Lutero à Epístola de Paulo aos Romanos. Cerca das vinte horas e quarenta e cinco minutos,enquanto ele descrevia a mudança que Deus opera no coração mediante a fé em Cristo, senti o meu coração estranhamente aquecido. Eu senti que agora confiava realmente em Cristo, somente em Cristo, para salvação: e me foi dada a segurança de que Cristo havia perdoado os meus pecados, sim, os meus, e que eu estava salvo da lei do pecado e da morte.”
Texto do testemunho de John Wesley retirado da primeira edição do seu Jornal

Parabéns aos nossos pastores que com fidelidade e amor tem se dedicado a causa do Senhor. "O vosso trabalho não é vão no Senhor" (1 Co 15.58)!
E que como John Wesley sejais como “Tição tirado do fogo”

terça-feira, 25 de maio de 2010

TUDO COMEÇA NA MENTE

LEVANDO A SÉRIO O COMPROMISSO COM A EXCELÊNCIA

“o ótimo esta ao nosso alcance”. Podemos voar alto como uma águia. Isto exige disciplina, saber filtrar o essencial e deixar o incidental. Medíocres fazem apenas o mínimo necessário (5 virgens loucas ). Não rasteje mais, erga seus olhos e mire alto.Comece a ser e fazer aquilo para que Deus te criou: um vôo sublime. A águia tem muito a nos ensinar. Sua vida, força, sua disciplina, seu cuidado com os filhos são lições a serem aprendidas.
PARA CONFRONTAR A MEDIOCRIDADE E PRECISO PENSAR CLARAMENTE, POIS ALÇAR VÔO EXIGE ESFORÇO MENTAL ARDUO.
TORNAMO-NOS AQUILO EM QUE PENSAMOS .(PV 23.7)
O SEGREDO DE VIVER UMA VIDA ENVOLVIDA EM EXCELÊNCIA E APENAS UMA QUESTÃO DE ABRIGAR PENSAMENTOS ENVOLVIDOS COM A EXCELENCIA. (FP 4.8 )

A MENTE: ALVO DO INIMIGO

“ Finalmente, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes permanecer firmes contra as ciladas do Diabo;” - EF 6.10-11


“E a quem perdoardes alguma coisa, também eu; pois, o que eu também perdoei, se é que alguma coisa tenho perdoado, por causa de vós o fiz na presença de Cristo, para que Satanás não leve vantagem sobre nós; porque não ignoramos as suas maquinações.” - 2 CO 2.10,11


“Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, é naqueles que se perdem que está encoberto, nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus.” - 2 CO 4.3,4

A BATALHA UMA ESTRATEGIA INSIDIOSA

“ Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne, pois as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus, para demolição de fortalezas;derribando raciocínios e todo baluarte que se ergue contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência a Cristo;” 2 C0 10.3-5

METAMORFOSE MENTAL
“E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” – RM 12.2

MEMORIZAR – Antigos pensamentos precisam ser substituídos por novos. Discipline-se a memorizar as Escrituras

“Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede, recebe; e quem busca, acha; e ao que bate, abrir-se-lhe-á.” Mt 7.7,8

“Tenho-vos dito estas coisas, para que em mim tenhais paz. No mundo tereis tribulações; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” Jo 16; 33

“Posso todas as coisas naquele que me fortalece” Fp 4.13

“E esta é a confiança que temos nele, que se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve.” 1Jo 5.4
PERSONALIZAR – Torne cada passagem pessoal. Use pronomes: eu, me, meu

“Não andeis ansiosos por coisa alguma; antes em tudo sejam os vossos pedidos conhecidos diante de Deus pela oração e súplica com ações de graças ” Fp 4.6

Eu não devo ficar ansioso por nada, devo tornar conhecidos para Deus todas as minhas necessidades por meio da oração.

Quebrar hábitos mentais de longa duração não e fácil nem rápido. Mas se você quiser alçar vôo alto terá que fazê-lo.

VEJA-SE EM NOVAS CIRCUNSTÂNCIAS.

Carlos Roberto Alvarenga

DEVOCIONAL DIARIO

Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor. Gálatas 5:13

Pensamento: A liberdade é um presente maravilhoso quando usado com responsabilidade. Não estar sob a lei é uma graça tão doce, mas queremos passar aquela doçura uns para os outros através do serviço, bondade e carinho.

Oração: Ó Grande Deus de Libertação, obrigado por resgatar Israel do faraó, Davi da espada de Golias e Daniel da cova dos leões. Mas, ó Grande Libertador, obrigado mais ainda pela vitória de Jesus sobre o pecado no Calvário e Sua vitória sobre a morte no túmulo vazio. Anseio vê-Lo face a face e lhe agradeço por minha liberdade. Até aquele dia, guie-me no uso desse presente de libertação para servir Seus filhos e viver por Ti. Em nome de Jesus eu oro. Amém.

domingo, 16 de maio de 2010

GRAÇA = A GRÁTIS

"Senhor, salve-me grátis"

Lembre-se das palavras DEI GRATIA, e nunca esqueça que pela graça nós somos salvos. Graça pressupõe indignidade na sua finalidade. A província da graça termina onde o mérito começa: que palavra alegre é esta para aqueles de vocês que não tem valor, nenhum merito, nenhuma bondade! Crimes são perdoados, e loucuras são curadas por nosso Redentor, por mera liberalidade e favor . A palavra graça tem o mesmo significado do nosso termo comum grátis: A oração de Wickliffe foi, "Senhor, salve-me grátis" Nenhum trabalho pode comprar ou adquirir salvação, mas o Pai celestial dá livremente, e sem censura.A graça vem para nós através da fé em Jesus.Quem quer que confie nEle não é condenado. Oh, pecador, que Deus te dê a graça de olhar para Jesus e viver. Olhe agora, porque hoje é tempo de aceitação! C.H.SPURGEON
Visão Integral... Enxergar a vida em sua plenitude de beleza e dor; a humanidade em sua completude; o Eterno em sua magnitude; o meu próprio eu em toda a sua complexidade.”

sábado, 1 de maio de 2010

Dia do Trabalho

Do trabalho de tuas mãos comerás. Salmo 128.2
Vejo na televisão mais um caso de corrupção. Dinheiro nas meias, nas cuecas, nas contas do exterior, dentro de Bíblias... não faz mais diferença nem causa espanto se este dinheiro está ligado a drogas, política ou religião. Não causa escândalo que pastores estejam envolvidos no esquema. Não dói mais na alma - dizemos que é uma armadilha do diabo e salvamos nossos pregadores de araque, sem caráter e enganadores. Em toda parte, as pessoas querem empregos, colocações, posições, títulos, dinheiro. Gil Vicente, um antigo autor teatral português, certa vez escreveu um poema em que havia dois personagens: um se chamava Ninguém e o outro se chamava Todo Mundo. Na peça, ele dizia isso: "Todo mundo quer descanso e Ninguém quer trabalho". Não é o mesmo ainda hoje, tantos séculos depois? Mas a Palavra de Deus nos diz que a alegria da vida é comer do trabalho das próprias mãos. Nada é mais dignificante do que a honra. Não dever nada a ninguém, exceto o amor, como Paulo diz. Saborear o alimento que não é fruto de opressão nem engano, mas do esforço honesto. Sentir na boca o gosto do suor, do empenho, da dedicação, do reconhecimento. Agraciar-se com o aroma gostoso que resulta de uma vida de dignidade, de honradez, de fidelidade. Por mais utópico que pareça, ainda é o melhor para quem tem em mente a vontade de Deus e não o sucesso deste mundo.

Oração: Senhor, que eu deseje viver e trabalhar conforme o Teu propósito, pois de que vale ganhar o mundo inteiro e perder minha alma?
Pensamento para o dia: Meu trabalho honesto engrandece o nome de Deus.
Oremos por este dia.
Hideide Brito Torres, Cataguases, MG

sexta-feira, 30 de abril de 2010

COSMOVISÃO CRISTÃ

COSMOVISÃO CRISTÃ: O MUNDO VISTO PELAS LENTES DA BÍBLIA
Valmir Nascimento Milomem
Como você reage diante dos acontecimentos do mundo? Qual é a sua opinião a respeito do aborto ou da sexualidade, por exemplo? O que você pensa sobre o casamento? Que rumos a educação ou a política devem seguir? Todas as vezes que você precisa definir-se diante de questões do cotidiano, recorrerá a um conjunto de princípios e de pressuposições que traz dentro de você, resultado da sua experiência de vida e da sua cultura. A esse conjunto de princípios damos o nome de cosmovisão.
O termo cosmovisão é uma tradução da palavra alemã weltanschauung, que significa “modo de olhar o mundo” (welt: mundo; schauen: olhar). É a maneira como encaramos, agimos e reagimos diante dos acontecimentos. Em outras palavras, cosmovisão é um conjunto de suposições e crenças que utilizamos para interpretar e formar opinião sobre nossa humanidade, o propósito da vida, nossos deveres, responsabilidades familiares e afetivas, interpretação da verdade, questões sociais, etc.
Para facilitar a compreensão, Nancy Pearcey, no livro Verdade Absoluta (Ed. CPAD), diz que a cosmovisão é como um mapa mental que nos diz como navegar de modo eficaz no mundo. É a impressão da verdade objetiva de Deus em nossa vida interior. Já Norman Geisler escreve que “cosmovisão é semelhante a uma lente intelectual através da qual enxerga-se o mundo. Se alguém olha através de uma lente vermelha, o mundo lhe parece vermelho. Se outro indivíduo olha através de uma lente azul, o mundo lhe parece azul” (Fundamentos Inabaláveis, Ed. Vida, p. 15).

Medo globalizado!

"No amor não há temor, antes o perfeito amor lança fora o temor; porque o temor tem consigo a pena, e o que teme não é perfeito em amor" - I João 4:18.

Se existe uma palavra que não tem receio de ficar desempregada nesta globalização que estamos vivendo é a palavra "MEDO". Não me refiro ao medo natural - como medo de altura, medo de atravessar uma avenida movimentada, medo de fogo... pois isso é até uma maneira de salvaguardar a vida; mas do medo gerado e contido na alma.

Aquele que consegue deixar uma pessoa que foi criada a imagem e semelhança de Deus inerte, engessada, amargurada. Medo que paralisa o adorador; que engessa o missionário, que cala o pastor, que rouba a força do obreiro, que mina a vida, que neutraliza o trabalhador.

Facilmente encontramos tecnologia para fazer praticamente tudo, mas encontramos também um crescente número de pessoas com síndrome do pânico. Que triste marca do presente século!

Pessoas com medo até mesmo de colocarem os pés fora de casa. Ora, de onde procede isso? É certo que não tem origem no céu!

Outras, com medo do desemprego, medo de serem assaltadas, medo de ficarem sozinhas, medo de não se casar, medo de pegar uma doença e por ai a fora...

Agora, ao olharmos para o ponto de vista de Deus, Ele diz que o perfeito amor, lança fora todo medo. Sabe por quê?

Porque o perfeito amor é Ele mesmo. Ele é amor. Ele amou o mundo de tal maneira que deu seu único filho, a saber, Jesus Cristo para que todo o que nEle crer não pereça, mas, tenha a vida eterna.

Este "Não pereça" é já no presente. É para se desfrutar agora, já, neste instante. Quem O convida para entrar em sua vida, Ele entra e assim que Ele entra, vai lançando fora TODO o medo. Não é parte do medo, mas TODO, pois TUDO o que Ele faz é perfeito.

Quanto Deus está no centro de nossas vidas, pois Ele não quer habitar nos bairros, na periferia, mas no centro... bem quando Ele está no centro, Ele lança fora todo o medo, compreende, pois Ele é o amor verdadeiro e o trabalho de lançar fora o medo, é dEle, pois se depender de nós ficaremos até mesmo com medo de lançarmos o medo para fora.

Então passamos a viver uma vida confiante, porque Ele nos impele a isto, conforme diz o Salmo 91: "Caiam mil a minha direita e dez mil a minha esquerda, e eu não serei atingido..." ou ainda Isaias 1:19, pois lá existe uma maravilhosa promessa que diz: "Se quiserdes e me ouvirdes, comereis o melhor desta terra".

Ele nos fez e dele somos - somos ovelhas do Seu pastoreio, portanto, Ele não quer ver a criação sofrer angustias e medos, se esvaindo ou definhando por isso. Ele já deu um passo na direção do homem, agora o homem tem que dar um passo na direção de Deus. Não devemos nunca se esquecer: Nós somos criaturas... Ele é o criador...

O que te aflige neste dia? Não importa, apenas atente para o que diz Salmo 37:3-6

"Confia no SENHOR e faze o bem; habita na terra e alimenta-te da verdade. Agrada-te do SENHOR, e ele satisfará os desejos do teu coração. Entrega o teu caminho ao SENHOR, confia nele, e o mais ele fará. Fará sobressair a tua justiça como a luz e o teu direito, como o sol ao meio-dia".

Amém e amém!
por Vilson Ferro Martins - www.vozdotrono.com.br

terça-feira, 30 de março de 2010

CRENÇAS METODISTAS

1. CREMOS NA BÍBLIA
2. CREMOS EM DEUS
3. CREMOS EM JESUS CRISTO
4. CREMOS NO ESPÍRITO SANTO
5. CREMOS NAS PESSOAS
6. CREMOS NA CRUZ
7. CREMOS NO PERDÃO DOS PECADOS
8. CREMOS NA VITÓRIA POR MEIO DA VIDA DISCIPLINADA
9. CREMOS NA CENTRALIZAÇÃO DO AMOR
10. CREMOS NA CONVERSÃO, NA CERTEZA E NA PERFEIÇÃO CRISTÃ
11. CREMOS NA IGREJA
12. CREMOS NO REINO DE DEUS
13. CREMOS NA VIDA ETERNA

Porque você deve participar de uma célula

Uma célula é um grupo constituído de cinco a quinze pessoas, reunindo-se semanalmente para aprender como tornar-se uma família, adorar o Senhor, edificar a vida espiritual uns dos outros, orar uns pelos outros e levar pessoas ao Evangelho.

Cada célula deve ter no mínimo cinco pessoas e não deverá ultrapassar o limite de quinze. Os grupos de Moisés eram constituídos de 10 (Ex 18.21) e Jesus liderou doze. Quinze pessoas são o número ideal de membros para uma célula. Quando atingir esse limite, a célula deve se multiplicar.

1.Onde a célula se reúne?
Apesar de preferirmos residências, uma célula pode se reunir também em empresas (na hora do almoço), em escolas, em salões de festas (de condomínios) e em qualquer lugar onde haja um mínimo de silêncio e privacidade. Só não recomendamos reuniões em bares ou lugares semelhantes. Quando a célula não se reunir numa casa, naturalmente não haverá ali a figura do anfitrião. A maioria das células acontecem em residências.

2.Por que uma célula não pode ter mais de quinze pessoas?
Não há tempo suficiente numa reunião para mais de quinze pessoas receberem ministração e compartilharem no grupo. É muito difícil para um líder, mesmo com um auxiliar, apascentar mais de quinze pessoas. Também, as casas, normalmente, não comportam mais do que quinze pessoas numa sala, para uma reunião.

A razão para se limitar o número de pessoas numa reunião de células tem muito a ver com ?linhas de comunicação?. ?Quando duas pessoas se encontram, existem duas linhas de comunicação. Quando três estão reunidas, existem seis. Se há quatro pessoas reunidas, então temos doze. Se há cinco, o número sobe para vinte, e quando chega a dez, já são noventa linhas de comunicação. Quinze pessoas reunidas resultam em 210 linhas de comunicação, ou seja, a comunicação já não é apropriada?.

3.Cuidado! Isso pode não ser uma célula!
Existem alguns tipos de grupos que não são células. Assim precisamos também saber o que não é uma célula.

a)Grupo de oração
Normalmente esse tipo de grupo é composto de pessoas que têm a seguinte atitude. ?O que esse grupo pode fazer por mim??

b)Grupo de estudo bíblico
O problema deste tipo de grupo é que ele não estimula o compartilhar de necessidade e nem a verdadeira comunhão; pelo contrário, tende a se tornar um grupo restrito e fechado, onde o incrédulo não é bem-vindo.

c)Grupo de discipulado
Este tipo de grupo procura um crescimento espiritual num ambiente fechado e exclusivista.

d)Ponto de pregação
Grupos assim têm como deficiência básica o fato de não compartilharem a realidade da vida do Corpo. As pessoas vêm e vão e o grupo é só um ajuntamento.

e)Qualquer grupo com as seguintes características:
Grupo fechado, criado só para as pessoas de um departamento da igreja;
Qualquer grupo que não tenha a multiplicação como objetivo;
Qualquer grupo que não se submeta à liderança geral das células;
Qualquer grupo que seja apenas uma reunião social.
Cuidado! Não se engane! Esses grupos acima não são células!

4. Como é uma célula?
A célula não é um grupo de oração, ainda que a oração seja um dos seus ingredientes básicos. Não é um grupo de discipulado, ainda que o discipulado aconteça espontaneamente. Não é um grupo de estudo bíblico, ainda que a edificação seja forte nas reuniões. Não é um grupo de cura interior, ainda que seja um lugar de restauração. Não é um ponto de pregação, ainda que o objetivo básico de cada célula seja a multiplicação. A célula é um pouco de cada um desses grupos.

A célula da igreja pode ser comparada a uma célula do nosso corpo. A célula não é o corpo todo, mas traz dentro de si todas as informações necessárias para gerar um corpo inteiro. Isto é o que nós chamamos de informação genética.
Nesse contexto, célula é simplesmente uma miniatura da igreja, reunindo-se nas casas. Não existe algo tal como um ministério de células; as células são o lugar onde os ministérios afluem.

A célula é muito maior que a sua reunião. Se a célula só existe no dia da reunião, então não é uma célula, mas apenas um culto caseiro. A célula acontece a semana toda: no supermercado, no shopping, na caminhada, no lazer, nas casas. Sempre que os irmãos se encontram, a célula acontece. A primeira característica da célula é ser comunidade, e não o fato de existir como uma reunião.

a)A célula não é um lugar onde, a cada semana, comparece um grupo diferente de pessoas
Apesar da reunião de célula não ter como objetivo o evangelismo, o visitante será sempre bem-vindo. Na verdade, a célula visa a multiplicação, enquanto a reunião propriamente dita, está voltada para edificação.

Ainda que a reunião não seja evangelística, todo o projeto final da célula visa à multiplicação. Crentes realmente edificados na Palavra são crentes frutíferos. E o lugar adequado para se frutificar é no círculo familiar, na escola, no trabalho. A reunião do grupo funciona como um lugar de treinamento e motivação, para que cada um possa enfrentar, com ousadia, a guerra lá fora.

b)Uma célula possui endereço e dia certo de reunião.
Existem igrejas onde a reunião da célula é feita, a cada semana, na casa de um dos membros do grupo. A nossa experiência, porém, tem demonstrado, que um lugar de reunião definido produz no grupo um senso de identidade, constância e segurança.

c)A célula se reúne regularmente.
A chave para a comunhão é a constância, a regularidade. Não basta ter um lugar de reunião, é preciso que o grupo se reúna numa base regular, semanalmente. Nenhum relacionamento sólido e gratificante pode ser construído sem convivência. É a convivência que vai produzir vínculos de amor, de amizade e de aceitação.

d)A célula é homogênea.
Quando participamos de um grupo que possui as mesmas características gerais peculiares a nós, nos sentimos muito mais à vontade para compartilhar. Em nossa igreja, as células são padronizadas por faixa etária e não por sexo. Assim, temos redes de células de crianças, adolescentes, jovens e casais (mas temos também algumas células mistas).

COMENTARIO - LIÇÃO 01

Jeremias, o profeta da Esperança

Leitura Bíblica em Classe
Jeremias 1.1-10

I. A origem sacerdotal do profeta Jeremias
II. A vocação de Jeremias
III. O estado civil de Jeremias
IV. A postura profética de Jeremias

Tema do Subsídio

Visão panorâmica e conceito de Justiça no Livro de Jeremias

Prezado professor, estamos iniciando mais um trimestre de Lições Bíblicas. O tema a ser abordado é “Jeremias: Esperança em tempos de crise”. O livro de Jeremias é rico em profecias (que se cumpriram e vão cumprir) e episódios históricos importantes que marcam a história do povo hebreu. Mas acima de tudo, o livro de Jeremias tem o ponto central que iremos abordar neste subsídio: a Justiça de Deus. O princípio de Justiça permeia todo o livro do profeta Jeremias. No subsídio dessa lição, além de abordar o conceito de Justiça de Deus, faremos uma análise panorâmica do livro de Jeremias denotando as seguintes questões: Data, autoria, esboço teológico, sermões e passagens importantes do livro de Jeremias. Outras questões a serem consideradas nesse subsídio são a missão do profeta e lições contemporâneas proveitosas para a vivência atual da igreja do Senhor nesse mundo. Desejamos ao prezado professor, um rico aprendizado nesse trimestre! Deus abençoe as suas aulas!

Data e autoria

Fortes evidências internas identificam Jeremias como o autor do livro que leva seu nome. Muito de seu conteúdo foi compilado exatamente antes da rendição de Jerusalém, em a.C.

Esboço teológico

I. A Missão de Jeremias (1 – 10)
II. A violação da Aliança (11 – 20)
III. A aproximação do julgamento (21 – 29)
IV. A nova aliança (30 – 33)
V. A queda de Jerusalém (34 – 52)

Sermões[1]

Na época de Josias: Jr 2.1 – 3.5; 3.6 – 6.30; 7.1 – 10.25; 18.1 – 20.18
Nos dias de Jeoaquim: Jr 14 – 17; 22 – 23; 25 – 26; 35 – 36; 45 – 48
No dias de Zedequias: Jr 21; 24; 27 – 34; 37 – 39; 49
Nos dias de Gedalias[2]: Jr 40 – 44
As últimas mensagens: Jr 50 – 52

Principais passagens

Jr 2. O profeta classifica os pecados de Judá
Jr 17. O pecado é uma questão de foro íntimo da humanidade
Jr 23. Os falsos profetas. Como identificá-los
Jr 28. Os profetas falsos versus os verdadeiros
Jr 31. Deus promete uma nova aliança a seu povo

A Justiça de Deus

A Justiça de Deus é tema recorrente no livro de Jeremias. No Antigo Testamento há vários termos que caracterizam o conceito bíblico de Justiça, onde nesta oportunidade destacaremos três: yashar; mishpat; sedeq. O termo yashar denota o caminho “reto”, “direito”, “suave”, apontando o princípio de retidão norteadora no caminho do indivíduo (Pv 9.15; Pv 15.21). A palavra mishpat denota julgamento, o termo informa que o juíz que julga as causas, deve portar o atributo do mishpat, ou seja, da “justiça”, do “direito” e da “retidão”. O terceiro termo, sedeq, assinala o que é “justo”, “direito” ou “normal” como peso e medidas plenos de justiça. O Eterno é o Deus de Justiça (Is 30.18), é inconcebível o Eterno não agir segundo a sua Justiça e não exigir de sua criatura o exercício dos princípios dessa Justiça (Mt 5.6). Deus julga justamente (Sl 9.4) e os seus julgamentos são corretos e executados para o supremo bem da humanidade (Sl 119.75). Eis a Justiça de Deus!

A missão profética de Jeremias

Diante do conceito de Justiça, Jeremias é impelido por Deus a proclamar o juízo do Senhor em relação ao destino da nação hebreia, cuja face virou para o Eterno. A servidão a deuses, as injustiças sociais, as alianças indevidas, a inobservância do descanso da terra, foram fatores determinante para o exercício do juízo que o Senhor ordenou.
Na época dos reis Josias (640-609 a.C.); Jeoaquim (609-598 a.C.); Joaquim (598-597 a.C); Zedequias (597-586 a.C.); Judá foi dominada por Babilônia. É nesse contexto que a sentença de Deus foi anunciada, onde Jeremias recebeu a incumbência de Deus para desempenhar uma missão nada popular: conclamar todo Judá a submeter-se ao império babilônico como uma disciplina ordenada pelo Senhor. Os reis e o povo de Judá não aceitaram essa mensagem e na mesma medida rejeitaram a Deus em favor das divindades pagãs.

Lições Contemporâneas no livro de Jeremias

No contexto nacional da sociedade hebreia onde a majoritariedade dos “oráculos” que egocêntricos predominavam, não havia a permissão para qualquer comunicação pessimista da ação praticada por parte da nação judaica. Deve-se levar em conta que no contexto vivencial de Jeremias, a maioria dos profetas pronunciava profecias otimistas, de conquistas e independência, enquanto Jeremias - o profeta solitário - sustentava a verdade estabelecida por Deus, sobre o seu povo, nada popular.
Enquanto o profeta solitário proclama o juízo de Deus, os demais profetas proclamavam o sofismo triunfalista. Naturalmente o profeta Jeremias foi desacreditado pela elite judaica e rejeitado pelo sistema institucional da época. Seus algozes já tinham planejado o discurso triunfalista de conquista e domínio, mas mal sabiam eles que os seus destinos já estavam sacramentados, eles não voltariam atrás.
O livro do profeta Jeremias vai ao encontro de uma realidade presente hoje no contexto contemporâneo: a sedução triunfalista do povo. Essa sedução é tão enraizada, como nos dias de Jeremias, que não se cogita a possibilidade desses devaneios serem removidos do nosso seio. O povo de Deus deve atentar que o Altíssimo tem sempre um plano perfeito para executar, e nem sempre a forma de articulá-lo entre os seres humanos é bem vinda. O importante e o que é inegociável são a destreza de discernir o tempo presente e a confiança de está sob a soberania do Eterno custe o que custar. A sua graça é plenamente suficiente!