sábado, 30 de janeiro de 2010

PROPOSITO E VISAO

Propósito e Visão
(Dr. Myles Munroe)

Propósito é o fundamento da visão. Visão é a manifestação do propósito. Propósito é o que você nasceu para fazer; visão é quando você vê isto. Uma das coisas mais maravilhosas é ter a oportunidade de fazer o que você está vendo. É assim que você sabe que está em seu propósito. Contudo, se você continua vendo algo a mais, onde você está é temporário. Visão é um vislumbre do seu propósito. Eu sonho o tempo todo e vivo em meus sonhos. Se você vive em seus sonhos, você elimina o estresse. Às vezes pessoas po-dem chamá-lo de louco. É bom ser louco e saudável. Se você diz que sua vida acabou e você está emperra-do onde está, você pode estar deprimido. Entretanto, se você tem um sonho além de onde você está, então você pode sempre planejar acordar para o seu sonho posterior que você pode lidar com as condições pre-sentes.
Onde você nasceu para estar é livre de estresse. Quando você está em seu trabalho, ele lhe dá e-nergia. Ele não esgota você. Você pode sempre dizer que quando não está em seu propósito; você está cansado. Entretanto, quando você está em seu propósito, precisam lhe dizer que é sua hora de almoço. Quando você está em seu propósito, você não trabalha mais por um salário. Você trabalha para maximizar o seu potencial.
Visão é o depósito de Deus no espírito do homem. Você nasceu por um propósito, e Deus o colocou em você. É por isto que a visão é relacionada com a palavra inspiração. Inspiração significa sopro de Deus. Quando você sopra em um balão, não há apenas ar dentro do balão, mas há o seu ar. Deus tomou você e assoprou dentro de você. Isto significa que seja o que for que haja em você, é o que Deus quis em você. Considere quando Jesus soprou em Seus discípulos depois da Sua ressurreição (João 20:22). Ele não soprou neles coletivamente. A Bíblia diz que Ele foi a cada um separadamente. O ponto é que Deus não sopra gene-ricamente. O que Ele sopra em nós não é o que Ele soprou em outra pessoa. Em outras palavras, o que você nasceu para fazer não é a mesma coisa que eu nasci para fazer.
Você está inflado e preenchido em seu propósito. Você está possuído com a designação de Deus pa-ra a sua vida. Não importa quantos passos você deu na direção errada. É possível ir à faculdade por quatro anos e gastar milhares de reais estudando o objeto errado. Quando você finalmente consulta a Deus, você descobre que o que você estudou não está relacionado ao que é esperado que você faça. É uma tragédia ser perfeitamente educado na coisa errada.
Visão é propósito em quadros. Acredite nos quadros mais do que no presente, e você terá paz. Pela alegria que lhe está proposta, você pode enfrentar os problemas do presente.

LIÇÃO 5 - TESOUROS EM VASO DE BARRO

TESOURO EM VASO DE BARRO

“Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós” 2 Co 4.7
INTRODUÇAO
Paulo continua defendendo seu ministério, o qual desempenha pela misericórdia de Deus. Deixa bem claro que a mensagem que prega e o genuíno evangelho. Nesse capitulo ele se compara a um vaso de barro, pequeno e frágil, mas que guarda um grande e precioso tesouro. Essa lição nos mostra que, a despeito da nossa fragilidade, o senhor nos usa na expansão do seu reino. Na aula de hoje atentaremos para a conduta do ministério de Paulo, a fragilidade e o conteúdo dos vasos de barros, e finalmente, da glorificação final desses vasos. Veremos que o Senhor decidiu, soberanamente, concretizar seus propósitos através de vasos frágeis, os quais, paradoxalmente, conduzem um conteúdo precioso.
I. PAULO APRESENTA O CONTEÚDO DOS VASOS DE BARRO (4.1-6)

2.Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia, nem falsificando a palavra de Deus; e, assim, nos recomendamos à consciência de todo o homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade. Neste versículo Paulo contrasta sua personalidade com a dos falsos apóstolos. Note que Paulo, rejeita as coisas que por vergonha se ocultam, se referindo aos falsos apóstolos,ele fala que suas obras por vergonha, baixeza, ignomínia, não são dignas de serem repetidas (Ef 5.12), são atitudes condenáveis, as quais são reveladas pela luz do Evangelho (Ef 5.13).Os Falsos apóstolos, andam com astúcia e falsificando a palavra de Deus. Apesar de Paulo não falar os detalhes das obras desses homens, ele nos revela em outras passagens que tipo de obras eles praticavam, quais sejam: Andavam com falsos discursos, artimanhas que induziam ao erro doutrinário (Ef.4.14); Adulterando, prostituindo, falsificando Palavra, interpretando conforme suas crenças; Corrompendo e explorando alguns irmãos, para atender interesses pessoais (2 Co 7.2); Mercadores da Palavra (2 Co 2.17); era comum em seus discursos, palavras de lisonjas e suaves (Rm 16.18); Eram inimigos da cruz de Cristo (Fp 3.18), ou seja, não sofriam por amor a obra de Deus, mas, se preocupavam com as coisas terrenas, eram materialistas (Fp 3.19).Paulo não distorce a Palavra de Deus (2) e prega a Jesus e não a si mesmo (5).A mensagem do apóstolo é simples, ele não trata de si mesmo, mas do Cristo Crucificado (II Co. 4.5), escândalo para os judeus e loucura para os gregos (I Co. 1.23).
4.Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos que não crêem, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.
Apesar de Paulo ter explicado várias vezes várias doutrinas elementares do ministério da Nova Aliança, que é revelado através do Evangelho de Cristo, muitos judeus e gentios estavam com o entendimento “fechado”, “cego”, mesmo Paulo apelando para suas consciências (4.2), afim de manifestar-lhes a verdade, mesmo assim eles não entendiam a mensagem da cruz de Cristo, conseqüentemente estavam se perdendo. Satanás cega as mentes dos não crentes, evitando que vejam a luz do evangelho. O deus deste século (Jo 12.31; 14.30; 16.11; Ef 2.2), ao chamar Satanás de “deus deste século”, Paulo mostra uma força sobrenatural - maligna, nos “bastidores” da vida real da humanidade, que emana da pessoa de Satanás, que tem cegado todos os que defendem e praticam a impiedade e perversão da Palavra de Deus(MT 13,4,19). (Ef 2.2,3 ) – ele rege o pensamento predominante do mundo(Política, cultura, artes e religião) .O apostolo se refere a “era presente” em contraste com a “era futura” . “ Um bom general deve penetrar no cérebro de seu inimigo”. Satanás empregas idéias universalmente aceitas, para convencer as pessoas que suas sugestões ardilosas são validas, “ Todos estão usando drogas, que mal faz experimentar ?”, “ Ninguém mais e fiel no casamento”, “ Virgindade e coisa ultrapassada, careta”, “ Seu casamento esta ruim, tente ser feliz com outra pessoa”, “Ter essa criança vai atrapalhar sua vida”.
II. PAULO EXPÕE A FRAGILIDADE DOS VASOS DE BARRO (4.7-12)
V 7 – “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.” Paulo retrata nosso corpo como um vaso de barro no qual Deus colocou um grande tesouro, o evangelho. No antigo oriente os vasos de barro eram comumente encontrados nos lares. Diferentemente dos vasos de metal ou de vidro, os de barro eram adquiridos por baixo preço e quebravam com facilidade. O que Paulo quer dizer ao usar a metáfora do vaso de barro? A figura usada fala da pequenez, da fragilidade do homem, que mesmo assim e o instrumento que Deus usa para a expansão do seu reino (I Co. 1.26-28) .O vaso só adquire valor se colocado nele algo precioso.” O viver cristão não e a remoção da fraqueza, tampouco e meramente a manifestação do poder divino;e a manifestação do poder divino na fraqueza humana. O cristão não e como um ser angelical , mas continua humano e cheio de fraquezas . A presença do espinho na carne proporcionou a Paulo maior graça (2 Co 3.5; 12.7-10)
A fraqueza do homem só serve para engrandecer a mensagem
Saber que o poder é de Deus, e não nosso, deve nos afastar do orgulho e nos motivar a manter nosso contato diário com Ele, nossa fonte de poder. Nossa responsabilidade é deixar que as pessoas vejam Deus por nosso intermédio.
Os problemas e as limitações humanas trazem muitos benefícios:
1. Ajudam-nos a lembrar o sofrimento de Cristo por nós;
2. Ajuda a não termos orgulho;
3. Ajudam-nos a ver além dessa vida tão curta;
4. Provam a nossa fé;
5. Dão a Deus a oportunidade de demonstrar seu grande poder. Não se ressinta por seus problemas. ‘Veja-os como oportunidades de adquirir experiências com o Senhor’” Neste ponto da carta, Paulo discute a realidade do sofrimento na vida cristão e a forma como devemos agir. “8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. 9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos” .
As aflições são inevitáveis, porém o consolo divino traz refrigério e descanso, 2Co 1.3,4 “ Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação; Que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus.”
De quatro maneiras Paulo enfatiza que o poder de Deus vencia sua fraqueza no ministério: 1) Os problemas pressionavam severamente de todos os lados (ou de todas as formas), mas por causa do poder incomparável de Deus, eles não podiam angustiá-lo — o que também pode significar que eles não podiam nem mesmo restringi-lo de disseminar o Evangelho; 2) Ele às vezes via-se perplexo diante das muitas adversidades, e nem sempre entendia o que lhe sobrevinha e os motivos de tais coisas estarem acontecendo, mas nunca tinha o tipo de desespero que duvidava de Deus; 3) Ele era perseguido (no grego, inclui as idéias de ser expulso e perseguido de lugar em lugar; cf. At 14.5,6; 17.13), mas não ficava desamparado. O Senhor não o abandonou, nem seus companheiros o deixaram em apuros; 4) Ele era abatido pelos inimigos, mas não destruído ou arruinado” (HORTON, Stanley M. I & II Coríntios. 1 ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2003, p. 203).
“Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos”(10); Paulo faz uma descrição dessas experiências, identificando-as com os sofrimentos e morte de Jesus Cristo. E um relacionamento intimo, profundo
Porque a vós vos foi concedido, em relação a Cristo, não somente crer nele, como também padecer por ele – Fp 1.29
Para conhecê-lo, e à virtude da sua ressurreição, e à comunicação de suas aflições, sendo feito conforme à sua morte – Fp 3.10
Regozijo-me agora no que padeço por vós, e na minha carne cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo, que é a igreja – Cl 1.24
Sofre pela igreja 11,12
III. PAULO FALA DA GLORIFICAÇÃO FINAL DESSES VASOS DE BARRO (4.13-18)
Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará também por Jesus, e nos apresentará convosco - 4.14 ( I Co. 15.20-23 ) .Um corpo ressurreto (1Co 15.52-54)

Os sofrimentos do tempo presente não são para ser comparados com as glórias por vir que em nós serão reveladas (Rm. 8.18). As tribulações de Paulo foram leves e momentâneas apenas no seu modo de ver (I Co. 1.8,9; 2.4; 4.8,9; 6.4-10; 11.24-27), pois ele não atentava para as coisas visíveis, mas para as invisíveis e eternas (II Co. 4.18; Rm. 8.19-23; Fp. 3.20-21).Paulo mostra que o vaso, ou seja, o homem exterior esta se desgastando, mas o tesouro que esta nele continua intacto.
Ele insta com eles para que não deixem que as coisas temporais e visíveis os façam perder a visão das coisas invisíveis e eternas.
O cristão não deve se preocupar tato com o cuidar do “vaso” a ponto de negligenciar o tesouro que nele há.
O homem exterior não deve merecer mais atenção que o homem interior
CONCLUSÃO
Somos frágeis vasos de barro, mas em nos esta um grande tesouro.

Nossa força vem do Senhor
Não perca a perspectiva da eternidade
Valorize mais o homem interior (parte espiritual) que o homem exterior

domingo, 24 de janeiro de 2010

MUDANÇAS DE HABITO

Concordo com John Piper, na esteira de Paulo (1 Coríntios 9.24-27). “A vida cristã é um assunto tremendamente sério e os prêmios são infinitamente altos. O que você faz com a sua vida – a forma como corre sua corrida ou luta sua luta – fará a diferença entre participar das promessas do Evangelho e ser desqualificado. Fará a diferença entre alcançar ou não alcançar o prêmio da suprema chamada de Deus em Cristo. Fará a diferença entre receber ou não receber a coroa imperecível da justiça. A vida é uma coisa séria. A corrida da vida tem conseqüências eternas não porque somos salvos pelas obras, mas porque Cristo nos salvou das obras da morte para servir o Deus vivo e verdadeiro com uma paixão olímpica”. (John Piper)

Os hábitos nos habitam. Alguns são desenvolvidos em pessoas que não têm ambições na vida. Nessas pessoas, os hábitos podem ter a ver com a preguiça, com a falta de empenho. Vão levando a vida. Esses hábitos terríveis são destruidores e quem é assim deve olhar para a formiga, diz a sabedoria bíblica (Provérbios 6.6-11). Outros hábitos surgem, ao contrário, em pessoas que têm ambições, algumas com muitas ambições, o que as leva a hábitos que geram ações destrutivas. Trabalhar, por exemplo, é um hábito saudável; trabalhar compulsivamente é um hábito que destrói indivíduos, famílias e comunidades.

Há um outro tipo de hábito que navega também numa tensão. O hábito de falar da vida alheia decorre de um desejo muito útil: a curiosidade, natural em todo ser humano. Essa curiosidade acabou por se tornar um negócio, o negócio de bisbilhotar a vida alheia. Há profissionais da imagem e da reportagem dedicados a mostrar e descrever momentos nas vidas de pessoas consideradas famosas. Há leitores, ouvintes e telespectadores para este tipo de programa. Cuidado: ler, ouvir e ver programas desse tipo revela um pouco do caráter de quem lê, ouve e vê, mesmo sob a justificativa de isto não passar de um... passatempo.

John Wesley elaborou, em 1752 (!), um conjunto de regras sobre como lidar com a maledicência. Outro contemporâneo seu (Charles Simeon) fez o mesmo. Juntei os dois num decálogo:

1. Não darei ouvidos nem inquirirei voluntariamente sobre qualquer maledicência concernente a um de nós.

2. Se escutar algo maléfico com respeito a algum de nós, não acreditarei de imediato.

3. Comunicarei o que ouvi o mais breve possível, falando ou escrevendo, à pessoa em referência.

4. Não escreverei nem direi uma sílaba sequer daquilo que me foi dito a qualquer pessoa, seja quem for, antes do pleno esclarecimento do assunto. Depois disso, não mencionarei o que for comentado a qualquer pessoa.

5. Ouvirei a menor quantidade possível de coisas prejudiciais aos outros.

6. Não acreditarei em nenhuma delas, até que seja absolutamente forçado.

7. Nunca absorverei o espírito daquele que fala mal de outros e circula essas notícias.

8. Sempre moderarei, no que for possível, a crueldade expressa contra outros.

9. Sempre acreditarei que, se o outro fosse ouvido, o assunto seria relatado de maneira bastante diferente.

10. Não abrirei nenhuma exceção a qualquer uma destas regras.

Há um hábito que forma um par negativo com este: é o desinteresse pela vida alheia. Há pessoas tão concentradas em si mesmas que não se importam com a vida dos outros. Jamais falam dos outros, nem bem, nem mal, simplesmente porque as outras pessoas não lhes importam. O sofrimento delas não lhes importa. A dor delas não lhes importa. A fome delas não lhes importa. O drama delas não lhes importa. A salvação delas não lhes importa.

Os cristãos temos sofrido de um hábito terrível, que nega as bases da fé. Temos nos fechado. Nosso Evangelho é para nós mesmos. Em muitas situações, a diferença entre um clube e uma igreja cristã é meramente estética.

Como igreja, precisamos de ações mais concretas para fora e de menos programas para nós mesmos. E os programas para nós mesmos deveriam servir de capacitação para atuarmos onde Deus quer chegar.

Há ainda um outro tipo de hábito: a agitação e a passividade. Há pessoas que estão sempre correndo. Elas correm porque têm muito o que fazer. Elas correm quando não têm o que fazer. Entre os cristãos, muitos se perdem na tensão “ação versus oração”. Somos chamados a esperar no Senhor, mas também chamados a agir enquanto esperamos. Se muitos estão ocupados demais para ler a Bíblia e orar, outros pensam que, se fizeram isto, tudo lhes virá.

Numa vida cristã saudável, oração e ação estão em equilíbrio. Quem quer ouvir Deus precisa se calar. Quem quer espalhar Deus precisa falar. Só há sentido em uma pessoa se ajoelhar diante do Senhor, se, após a oração, ela se põe de pés para obedecer ao Senhor. Quanto mais oração, mais ação – esta é a síntese das vidas dos santos verdadeiramente santos.

ISRAEL BELO DE AZEVEDO