sexta-feira, 2 de julho de 2010

MINISTERIO PROFETICO

O MINISTERIO PROFETICO NO A.T

Vamos iniciar um novo trimestre em Lições Bíblicas. O tema desse trimestre é “O Ministério Profético na Bíblia, A voz de Deus na Terra”. O objetivo principal desse tema é percorrer toda a Bíblia a fim de descortinar os desdobramentos e implicações do ministério profético nela. E urgente que a Igreja esteja pronta a conhecer, compreender e discernir quem, de fato, é verdadeiro profeta.

VERDADE PRATICA

Os profetas ouviam Deus, Os profetas falavam com Deus e os profetas falavam de Deus ao povo.


INTRODUÇAO

Os profetas do AT eram homens de Deus que, espiritualmente, achavam-se muito acima de seus contemporâneos. Os profetas foram pessoas usadas por Deus para instruir seu povo.Eram porta-vozes de Deus, tornaram-se o canal de comunicação entre Deus e os homens, e a sua missão era levar a verdadeira mensagem.
Jesus e os apóstolos reconheceram sua importância, autoridade e inspiração fazendo-lhes referencia e citando sua profecias.
E bom ressaltar que os profetas morreram não sua mensagem, pois esta transcendeu seu tempo e continua a falar-nos e cumprir-se.
E importante compreender o ministério profético, que levou o Senhor a escolher uma grande quantidade de homens, em tempos determinados, para a expressão maior da presença divina, a profecia.
O termo profeta aparece já pela primeira vez em Gn 20.7.

I – O INICIO DO MINISTERIO DOS PROFETAS

O ministério de profeta tem seu início em Moisés com a manifestação clara do exercício profético no arraial israelita (Nm 11.25,26). A concepção da instituição divina de ministério profético é ratificada em Deuteronômio 18.9-22, onde a contraposição entre profeta e prognosticadores (encantadores, mágico, etc.) é feita com a promessa do surgimento do grande profeta em Israel (vv. 15-22): Jesus Cristo (At 7.37,38).

Moises foi sem duvida o grande profeta ( Dt 34.10).Ele prefigurava o maior de todos os profetas, Jesus (Dt 18.15/ Hb 3.1-6).

3- TOMARA QUE TODO O POVO DO SENHOR FOSSE PROFETA “(NM 11.29)
(Compare com 1 Co 14.1-5)
Qualquer um podia ser profeta, desde que fosse vocacionado por Deus.
A iniciativa da chamada para o ministério profético depende exclusivamente da vontade divina, (Ex 3.1-4,17; cf. Is 6; Jr 1.4-19). O objetivo do profeta no Antigo Testamento era anunciar a Palavra verdadeira da parte de Deus.

II – O PROFETA
1 O SIGNIFICADO
Ex 4.14-16

Nabi’. (a) Esta é a principal palavra hebraica para "profeta", e ocorre 316 vezes no AT. Nabi’im é sua forma no plural. Embora a origem da palavra não seja clara, o significado do verbo hebraico "profetizar" é: "emitir palavras abundantemente da parte de Deus, por meio do Espírito de Deus" Sendo assim, o nabi’ era o porta-voz que emitia palavras sob o poder impulsionador do Espírito de Deus. A palavra grega prophetes, da qual se deriva a palavra "profeta" em português, significa "aquele que fala em lugar de outrem". Os profetas falavam, em lugar de Deus, ao povo do concerto, baseados naquilo que ouviam, viam e recebiam da parte dEle. (b) No AT, o profeta também era conhecido como "homem de Deus" (ver 2Rs 4.21 nota), "servo de Deus" (cf. Is 20.3; Dn 6.20), homem que tem o Espírito de Deus sobre si (cf. Is 61.1-3), "atalaia" (Ez 3.17), e "mensageiro do Senhor" (Ag 1.13).
Ro’eh. Este substantivo, traduzido por "vidente", em português, indica a capacidade especial de se ver na dimensão espiritual e prever eventos futuros. O título sugere que o profeta não era enganado pela aparência das coisas, mas que as via conforme realmente eram — da perspectiva do próprio Deus. Como vidente, o profeta recebia sonhos, visões e revelações, da parte de Deus, que o capacitava a transmitir suas realidades ao povo.


III – O Ministério
Samuel presidiu uma congregação de profetas .
No final do período dos juizes e inicio do período monárquico, em Israel, aparecia a primeira escola de profetas (1 Sm 10.5,10; 19.19-23 ). Isso introduz o papel importante que o profeta exerceria na historia da nação. Ele seria consultado pelos os reis como representantes de Deus para com o povo. Este profeta falaria ao rei através dos oráculos. Esse período para os profetas, em Israel, é marcado por respeito e reverência por parte da nobreza e do povo (1 Sm 16.4,5).
A missão do profeta não estava baseada apenas numa vida espiritual com princípios rigorosos, pois além da sua chamada específica, se esperava do profeta uma vida exemplar e condizente com aquilo que ele pregava. A bíblia nos da um exemplo de um profeta que teve sua vida observada por uma mulher (II Re 4.9)
Mas, a excelência das visões e revelações levou estes grandes homens de Deus a pagarem um alto preço em seus ministérios. Quando Natã, o profeta, teve por incumbência de falar com o rei Davi sobre o seu pecado, ele usou de muita sabedoria ao usar uma parábola para fazer com que o rei entendesse o seu pecado, mas finalmente veio o profeta; “Então disse Natã a Davi: “Porque, pois, desprezaste a palavra do SENHOR, fazendo o mal diante de seus olhos? A Urias, o heteu, feriste à espada, e a sua mulher tomaste por tua mulher; e a ele mataste com a espada dos filhos de Amom”. ( II Sm 12.9) . Neste momento, em que o rei Davi ouvia do profeta que era ele o transgressor, ouviu também a sentença pelo seu pecado vers 14.
O ministério dado por Deus aos seus servos levou a estes homens a pregarem a várias gerações que não conheciam o Senhor. O motivo que levou a estes profetas a pregarem a palavra verdadeira era uma só, fazer valer a palavra do Senhor Deus de Israel. Sempre existiram no passado, aqueles que não temeram reis, príncipes, sacerdotes nem a própria morte, para que através da palavra profética alcançar que alguns chegassem ao arrependimento ( Elias, Jeremias ).
A propagação da verdadeira profecia, como pode ser verificada, é uma ordenação divina que era paulatinamente falada aos ouvidos de todo o Israel (Jr 35.15). Os profetas de um modo geral eram tidos como pessoas importantes na sociedade .Os profetas não eram simplesmente indivíduos perceptivos no sentido político ou social. Eles eram pessoas que, pela revelação de Deus possuíam um conhecimento maior dos eventos históricos daquele período para aos quais eram enviados. Os profetas tinham o dever de falarem apenas aquilo que lhes era autorizado pelo Senhor (I Rs 13.9), assim a palavra do Senhor haveria de ser aceita por todos (I Re 18.39).
Algo recorrente na vida dos profetas do Antigo Testamento é que sempre surgiram em tempos de crise espiritual. Com objetivo de levar a poderosa palavra de Deus, tais homens foram hostilizados, criticados e até mortos (Mt 23.37). Mas alguns destes profetas conseguiram com que o povo, mesmo que por pouco tempo, voltassem para o caminho do Senhor, e retardassem os castigos divinos.
No período da monarquia dividida, surge o então conhecido movimento de profetas em Israel que tecnicamente, em Teologia, é chamado de Profetismo. Esse movimento tinha o objetivo de restaurar o monoteísmo hebreu. Os profetas desse período combatiam a idolatria, denunciavam as injustiças sociais, proclamavam o Dia do Senhor com o objetivo de reacender a esperança messiânica no povo. Esse movimento iniciou em Amós encerrando, cronologicamente com Malaquias. Esse período, diferentemente do anterior, caracterizado pelo sofrimento e marginalização que os profetas eram condicionados a passar. De homens dignos de reverência passaram, os profetas, a homens “dignos” de tratamentos mais baixos possíveis. Isso porque a mensagem de tais profetas ia de encontro aos interesses escusos das lideranças religiosas e políticas de Israel e Judá (Hb 11.36-38).
Que tipo de pessoa era o profeta do AT?
(1) Era alguém que tinha estreito relacionamento com Deus, e que se tornava confidente do Senhor (Am 3.7). O profeta via o mundo e o povo do concerto sob a perspectiva divina, e não segundo o ponto de vista humano.
(2) O profeta, por estar próximo de Deus, achava-se em harmonia com Deus, e em simpatia com aquilo que Ele sofria por causa dos pecados do povo. Compreendia, melhor que qualquer outra pessoa, o propósito, vontade e desejos de Deus. Experimentava as mesmas reações de Deus. Noutras palavras, o profeta não somente ouvia a voz de Deus, como também sentia o seu coração (Jr 6.11; 15.16,17; 20.9).

(3) À semelhança de Deus, o profeta amava profundamente o povo. Quando o povo sofria, o profeta sentia profundas dores (ver O LIVRO DAS LAMENTAÇÕES). Ele almejava para Israel o melhor da parte de Deus (Ez 18.23). Por isso, suas mensagens continham, não somente advertências, como também palavras de esperança e consolo.
(4) O profeta buscava o sumo bem do povo, i.e., total confiança em Deus e lealdade a Ele; eis porque advertia contra a confiança na sabedoria, riqueza e poder humanos, e nos falsos deuses (Jr 8.9,10; Os 10.13,14; Am 6.8). Os profetas continuamente conclamavam o povo a viver à altura de suas obrigações conforme o seu concerto estabelecido com Deus, para que viesse a receber as bênçãos da redenção.

(5) O profeta tinha profunda sensibilidade diante do pecado e do mal (Jr 2.12,13, 19; 25.3-7; Am 8.4-7; Mq 3.8). Não tolerava a crueldade, a imoralidade e a injustiça. O que o povo considerava leve desvio da Lei de Deus, o profeta interpretava, às vezes, como funesto. Não podia suportar transigência com o mal, complacência, fingimento e desculpas do povo (32.11; Jr 6.20; 7.8-15; Am 4.1; 6.1). Compartilhava, mais que qualquer outra pessoa, do amor divino à retidão, e do ódio que o Senhor tem à iniqüidade (cf. Hb 1.9 nota).

(6) O profeta desafiava constantemente a santidade superficial e oca do povo, procurando desesperadamente encorajar a obediência sincera às palavras que Deus revelara na Lei. Permanecia totalmente dedicado ao Senhor; fugia da transigência com o mal e requeria fidelidade integral a Deus. Aceitava nada menos que a plenitude do reino de Deus e a sua justiça, manifestadas no povo de Deus.

(7) O profeta tinha uma visão do futuro, revelada em condenação e destruição (e.g., 63.1-6; Jr 11.22,23; 13.15-21; Ez 14.12-21; Am 5.16-20,27, bem como em restauração e renovação (e.g., 61– 62; 65.17–66.24; Jr 33; Ez 37). Os profetas enunciaram grande número de profecias acerca da vinda do Messias (ver o diagrama das PROFECIAS DO ANTIGO TESTAMENTO CUMPRIDAS EM CRISTO).

(8) Finalmente, o profeta era, via de regra, um homem solitário e triste (Jr 14.17,18; 20.14-18; Am 7.10-13; Jn 3– 4), perseguido pelos falsos profetas que prediziam paz, prosperidade e segurança para o povo que se achava em pecado diante de Deus (Jr 15.15; 20.1-6; 26.8-11; Am 5.10; cf. Mt 23.29-36; At 7.51-53). Ao mesmo tempo, o profeta verdadeiro era reconhecido como homem de Deus, não havendo, pois, como ignorar o seu caráter e a sua mensagem.
A MENSAGEM DOS PROFETAS DO ANTIGO
(1) A natureza de Deus. (a) Declaravam ser Deus o Criador e Soberano onipotente do universo (e.g., 40.28), e o Senhor da história, pois leva os eventos a servirem aos seus supremos propósitos de salvação e juízo (cf. Is 44.28; 45.1; Am 5.27; Hc 1.6). (b) Enfatizavam que Deus é santo reto e justo, e não pode tolerar o pecado, iniqüidade e injustiça. Mas a sua santidade é temperada pela misericórdia. Ele é paciente e tardio em manifestar a sua ira. Sendo Deus santo, em sua natureza, requer que seu povo seja consagrado e santo ao SENHOR (Zc 14.20; cf. Is 29.22-24; Jr 2.3). Como o Deus que faz concerto, que entrou num relacionamento exclusivo com Israel, requer que seu povo obedeça aos seus mandamentos, como parte de um compromisso de relacionamento mútuo.

(2) O pecado e o arrependimento. Os profetas do AT compartilhavam da tristeza de Deus diante da contínua desobediência, infidelidade, idolatria e imoralidade de seu povo segundo o concerto. E falavam palavras severas de justo juízo contra os transgressores. A mensagem dos profetas era idêntica a de João Batista e de Cristo: "arrependei-vos, senão igualmente perecereis". Prediziam juízos catastróficos, tal

como a destruição de Samaria, pela Assíria (e.g. Os 5.8-12; 9.3-7; 10.6-15), e a de Jerusalém por babilônia (e.g., Jr 19.7-15; 32.28-36; Ez 5.5-12; 21.2, 24-27).

(3) Predição e esperança messiânica. (a) Embora o povo tenha sido globalmente infiel a Deus e aos seus votos, segundo o concerto, os profetas jamais deixaram de enunciar-lhe mensagens de esperança. Sabiam que Deus cumpriria os ditames do concerto e as promessas feitas a Abraão através de um remanescente fiel (ver o estudo O CONCERTO DE DEUS COM ABRAÃO, ISAQUE E JACO). No fim, viria o Messias, e através dEle, Deus haveria de ofertar a salvação a todos os povos. (b) Os profetas colocavam-se entre o colapso espiritual de sua geração e a esperança da era messiânica. Eles tinham de falar a palavra de Deus a um povo obstinado, que, inexoravelmente rejeitavam a sua mensagem (cf. Is 6.9-13). Os profetas eram tanto defensores do antigo concerto, quanto precursores do novo. Viviam no presente, mas com a alma voltada para o futuro.

III – CLASSIFICAÇÃO
2 tipos de Profetas
Clássicos ou Escritores – Os que escreveram livros
Orais ou não literários – Não escreveram livros . Tiveram suas profecias registradas.
Essa classificação e apenas didática. Ambos os grupos desempenharam o mesmo oficio, todos falaram em nome de Deus e por Deus
Conclusão
O ministério profético no Antigo Testamento foi marcado pela presença de Deus na vida dos homens que se dedicaram na obra do Senhor. Que nestes últimos dias da igreja neste mundo, o Senhor Jesus Cristo possa levantar homens cheios da sua presença com ousadia e coragem para anuncia a verdadeira palavra de Deus. A sinceridade requerida de todos os santos profetas no Antigo Testamento continua válida em os nossos dias

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